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O índice de envelhecimento nas favelas brasileiras é significativamente menor do que no restante do país, conforme aponta o Censo Demográfico 2022 do IBGE. Enquanto a média nacional apresenta 80 idosos (60 anos ou mais) para cada 100 crianças de 0 a 14 anos, nas favelas essa relação é de apenas 45 idosos para cada 100 crianças.
Essa diferença reflete uma população mais jovem nas Favelas e Comunidades Urbanas, cuja idade mediana é de 30 anos, cinco anos a menos que a mediana nacional.
A pesquisa também revelou um aumento no número de moradores em Favelas e Comunidades Urbanas, que passou de 11,4 milhões em 2010 para 16,3 milhões em 2022, representando 8,1% da população brasileira. Entre as favelas mais populosas estão a Rocinha (RJ), com 72.021 habitantes, Sol Nascente (DF), com 70.908, e Paraisópolis (SP), com 58.527. Na distribuição regional, a maioria das maiores favelas concentra-se no Norte e no Sudeste.
Outro dado relevante é a predominância de pessoas pardas e pretas nas favelas, com percentuais de 56,8% e 16,1%, respectivamente, superiores às médias da população geral. Em termos de infraestrutura, a pesquisa mostrou que 86,4% dos domicílios em favelas têm acesso à rede geral de água, e 74,6% contam com coleta de esgoto, destacando-se algumas melhorias em serviços básicos.
O estudo do IBGE, que tem feito levantamentos sobre esses territórios desde 1950, contou com o apoio de novas tecnologias e de parcerias com organizações comunitárias para melhorar a precisão dos dados coletados. Iniciativas como a campanha “Favela no Mapa”, em conjunto com o Instituto Data Favela e a Central Única das Favelas (Cufa), reforçaram o compromisso de inclusão e a cobertura completa do Censo nos domicílios de favelas, possibilitando um retrato mais fiel da realidade nacional.