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A Transpetro, subsidiária de transporte da Petrobras, concluiu na sexta-feira (20) a negociação comercial para a aquisição de quatro navios da classe Handy, com capacidade entre 15 e 18 mil toneladas de porte bruto. O consórcio formado pelos estaleiros Ecovix, de Rio Grande (RS), e Mac Laren, de Niterói (RJ), apresentou o preço final de US$ 69,5 milhões por embarcação.
O contrato deve ser assinado no início de 2025, quando também será lançado um novo edital para a aquisição de oito navios gaseiros.
O programa integra o Plano de Renovacão e Ampliação da Frota do Sistema Petrobras (TP 25), lançado em julho deste ano, que visa modernizar e aumentar a capacidade logística da estatal. Segundo a Petrobras, a iniciativa prevê a aquisição de 25 navios, incluindo embarcações de cabotagem, gaseiros e navios de médio porte. Está projetado que o TP 25 resultará em um aumento de pelo menos 25% na capacidade de transporte de derivados ao longo da costa brasileira.
Em nota, a presidente da Petrobras, Magda Chambriard, destacou a importância do programa para o Sistema Petrobras. “Esse reforço logístico reduzirá a exposição às oscilações nos custos de afretamento e acelerará o desenvolvimento do país, com soluções mais sustentáveis”, afirmou.
Os novos navios Handy serão equipados com tecnologias que promovem maior eficiência energética e reduzem em até 30% as emissões de gases de efeito estufa em comparação aos atuais modelos da frota. As embarcações poderão operar tanto com bunker quanto com biocombustíveis, alinhando-se aos compromissos ambientais da companhia.
A retomada da aquisição de navios no Brasil ocorre após uma década sem novos contratos para ampliação da frota. Além dos quatro Handy, o TP 25 prevê outras fases de aquisição. Em janeiro de 2025, será lançado um edital público e internacional para a compra de oito navios gaseiros dos tipos pressurizados e semi-refrigerados, com capacidades entre 7 mil e 14 mil toneladas de porte bruto. Em junho de 2025, a companhia planeja iniciar o processo para adquirir quatro navios de médio porte (MR1).
O plano estratégico também busca atender às demandas logísticas da Petrobras, especialmente no transporte de produtos derivados de petróleo, fortalecendo a capacidade operacional da Transpetro e contribuindo para a segurança energética nacional.
