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A primeira-dama, Janja Lula da Silva, declarou nesta terça-feira (25) que “nunca houve falta de transparência” em relação aos gastos de sua viagem ao Japão. Ela afirmou ter economizado em passagens aéreas e hospedagem, justificando sua chegada antecipada ao país.
“Obviamente eu vim com a equipe precursora, inclusive, para economizar passagem aérea, vim um pouco antes, fiquei hospedada na residência do embaixador”, disse Janja em entrevista à BBC.
A primeira-dama está em Tóquio desde 18 de março, antes da chegada do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no domingo (23). Segundo a colunista Mônica Bergamo, da Folha de S. Paulo, Janja não cumpriu agenda oficial até a chegada do presidente. Na segunda-feira (24), ela visitou as obras do Pavilhão Brasil na Expo Osaka, a convite da ApexBrasil (Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos).
O Diário Oficial da União registrou que a viagem foi autorizada com ônus, ou seja, com passagens e diárias custeadas pelo governo. Os valores ainda não foram divulgados. A Advocacia-Geral da União (AGU) elaborou um parecer que classifica a função da primeira-dama como de interesse público, justificando que o Estado deve arcar com os custos decorrentes de suas atividades. O parecer da AGU reforça que as ações da primeira-dama devem ter transparência e divulgação permanente de agendas. O tema vem sendo discutido em meio a questionamentos da oposição sobre o uso de recursos públicos para bancar as viagens e compromissos de Janja.
