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Na noite de terça-feira (23), a ministra do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Maria Claudia Bucchianeri, determinou que uma rede social exclua um vídeo publicado pela Central Única dos Trabalhadores (CUT) que vinculou o presidente Jair Bolsonaro a mortes pela Covid-19.
Bucchianeri atendeu a um pedido da coligação formada pelo PL, partido de Bolsonaro, e o Republicanos.
De acordo com os partidos, o vídeo representou propaganda eleitoral antecipada negativa ao atacar a honra de Bolsonaro “vinculando não apenas as mortes de brasileiros pala COVID-19 ao Chefe de Estado, mas a suposta intenção do Presidente da República em praticar o ato”.
Em decisão provisória, Bucchianeri entendeu que os argumentos dos partidos justificam a retirada do conteúdo.
“Como se sabe, a CUT é uma entidade associativa de representação sindical, voltada à defesa dos trabalhadores, e a sua natureza é de pessoa jurídica sem fins lucrativos. Assim, é necessário reconhecer o seu impedimento legal na promoção de qualquer tipo de propaganda eleitoral na Internet, considerando-se, inclusive, a possível ilegalidade com o dispêndio de recursos financeiros para produção de material publicitário direcionado a campanha política”, escreveu.
Na decisão, a ministra do TSE citou que o vídeo diz que “’necropolítica’ não é só deixar morrer, é fazer morrer também” e traz expressões como “negacionismo”, “Falta de empatia”, “desinformação”, e “em breve fora do palácio”.
Para Bucchianeri, há indícios de que ocorreu a propaganda eleitoral irregular e que o canal da entidade pode ter divulgado conteúdo eleitoral, o que é proibido.
“Nesse cenário, mostra-se plausível a pretensão da coligação representante, pois se vislumbra, ainda que em tese, a possível caracterização do ilícito de propaganda eleitoral irregular”, afirmou a ministra.