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A Globo ainda não renovou o contrato dos direitos de transmissão da Fórmula 1 no Brasil que termina após a temporada 2020, informa o jornal esportivo Lance!. As negociações com o Liberty Media, o grupo que detém os direitos comerciais do Mundial, seguem, mas ambas as partes ainda não encontraram um denominador comum para os valores do acordo. Por isso, os americanos já procuram uma alternativa.
Segundo o jornalista Flavio Ricco, a Band foi procurada para transmitir a Fórmula 1 a partir de 2021. No entanto, os altos valores pedidos pelo Liberty Media ainda atrasam as negociações e a situação financeira da Bandeirantes não é das melhores.
Em 1980, a Band chegou a transmitir todas as etapas do campeonato, com narração de Galvão Bueno. Atualmente, a emissora transmite a Indy após fechar um contrato de última hora para exibir as etapas do calendário 2020.
O site de automobilismo ‘GRANDE PRÊMIO’ apurou que o impasse nas negociações de renovação com a Globo tem feito a direção da F1 ir atrás das emissoras brasileiras, sempre priorizando a TV aberta — que é quem ainda dá ao Brasil a liderança da audiência mundial da categoria.
Além da Bandeirantes, a Record também chegou a ser cogitada, mas no caso da emissora da Barra Funda, em São Paulo, há uma questão atrelada: o projeto nefelibata do autódromo do RJ em Deodoro — que agora conta com um esforço do prefeito da capital, Marcelo Crivella, interessado, em tempos de pandemia, em ir ao STF para que haja liberação da audiência pública que discute sua construção.
O GP também apurou que, por conta do acordo com a América Latina, houve conversas da direção da F1 também com os canais Disney (ESPN/Fox Sports) no Brasil. Por outro lado, o DAZN, plataforma de streaming, não teve contato com a Fórmula 1 para transmissão a partir de 2021.
O interesse do Liberty Media em continuar transmitindo a Fórmula 1 no Brasil é justificável. É aqui onde a categoria encontra maior alcance no mundo, com 115 milhões de telespectadores por ano, mesmo com a ausência de brasileiros no grid desde a saída de Felipe Massa em 2017.
Para quem transmite, a F1 também aparenta ser vantajosa. Na temporada 2020, a Globo conseguiu R$ 494 milhões em cotas de patrocínios, um dos maiores faturamentos da folha atual.
Mas diferente dos anos anteriores, fechou apenas cinco das seis cotas disponíveis.