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Neste domingo (22), o diretor de jornalismo da Globo, Ali Kamel, anunciou o fim do programa Manhattan Connection, que vai ao ar semanalmente na GloboNews. A atração de debates que reúne Caio Blinder, Diogo Mainardi, Lucas Mendes e Pedro Andrade
O programa estreou na TV fechada em 1993, no GNT, e permaneceu no canal até 2011. Em todo esse tempo, foi comandado pelo jornalista Lucas Mendes.
Veja a nota de Ali Kamel:
“O programa praticamente se confunde com a história da TV por assinatura no país. Em 14 março de 1993 estreava no GNT, Manhattan Connection – “direto de Nova York”. Letícia Muhana, diretora do canal, e Alberto Pecegueiro, diretor da Globosat, viram desde o início o potencial e a força do programa. Dois craques. Estavam certo: são 28 anos consecutivos no ar. As autodeclaradas ratazanas Lucas Mendes, Caio Blinder, Nelson Motta e Paulo Francis, com Lúcia Guimarães e a Angélica Vieira nos bastidores, foram sucesso imediato. Por que ratazanas? Não sei. Mas suspeito: sempre correram soltas, assustando apenas políticos, economistas e outros personagens do noticiário que preferiam se esconder, fugindo rente ao meio-fio. A turma do Manhattan sempre se divertiu com a brincadeira, pegando carona na fama macabra da cidade. O público adorou.”
Era uma novidade na grade. Programa de bancada, com debate ardido mas descontraído, e um elenco incrível.
Lucas, ídolo de todas as gerações de jornalistas de televisão. Além de mestre na arte da reportagem, transformou-se num apresentador magnífico. Costuma dizer que tem o papel de extrair o máximo e o melhor dos participantes – e contribuir só com informações de apoio. Faz muito, mas muito mais do que isso. É um maestro, de texto afinado. Sempre ao lado da inseparável, muito querida e sempre atenta e competente Angélica. Na hora do sufoco, a quem ele pede socorro ? Angélica, a matéria já está no ponto ?! Angélica, quanto tempo a gente ainda tem?! Angélica ! Ainda bem, a Angélica, além de defender os bastidores, começou também a aparecer na frente da câmera, em passeios amorosos por Nova York. Fez fama em on e em off.
Paulo Francis fez barulho e história por onde passou e assim foi no Manhattan, com passagens antológicas, na memória de todos nós. Inteligência refinada, mente brilhante, e isso é mais do que clichê, eu juro. Que falta ao Brasil faz um Francis. Tive o prazer e a honra de editar sua coluna no Globo, quando eu fui editor do Segundo Caderno. Tão fã dele, que guardo algumas trocas de correspondência em “fax” (não existia e-mail), uma ou duas vezes sobre comentários dele sobre o Islã. Ninguém que tenha visto o Manhattan de então deixa de pensar em Francis vendo o Manhattan de hoje. É isso o que fazem aqueles que são grandes: deixam marcas”.