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Nesta segunda-feira (20), o chefe da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, afirmou que a nova variante Ômicron da Covid-19 está se espalhando mais rápido que a Delta e provocando infecções em pessoas que já se vacinaram contra o novo coronavírus ou se recuperaram da doença.
“Agora há evidências consistentes de que a Ômicron está se espalhando significativamente mais rápido do que a variante Delta”, disse o diretor-geral em uma coletiva de imprensa para jornalistas baseados em Genebra, realizada em seu novo edifício-sede.
“E é mais provável que as pessoas vacinadas ou recuperadas da Covid-19 possam ser infectadas ou reinfectadas”, completou.
A cientista-chefe da OMS, Soumya Swaminathan, disse que a variante estava evitando com sucesso algumas respostas imunológicas, o que significa que os programas de reforço que estão sendo lançados em muitos países deveriam ser direcionados a pessoas com sistemas imunológicos mais fracos.
De acordo com funcionários da OMS, a Ômicron parece ser melhor em evitar anticorpos gerados por algumas vacinas, mas existem outras formas de imunidade que podem prevenir infecções e doenças.
“Não acreditamos que todas as vacinas se tornarão completamente ineficazes”, disse Swaminathan, segundo a Reuters. “Claro que há um desafio, muitos dos monoclonais não funcionam com o Omicron”, emendou ao falar sobre um tratamento para pessoas com a doença.
Adhanom também disse que a China, onde o coronavírus foi detectado pela primeira vez no final de 2019, deve fornecer dados e informações relacionadas à sua origem para ajudar na resposta no futuro.
“Precisamos continuar até sabermos as origens, precisamos nos esforçar mais porque devemos aprender com o que aconteceu desta vez para (fazer) melhor no futuro”, disse.