Mulheres jovens, dos 12 aos 29 anos, tiveram risco maior de morrer por problemas no coração em até 12 semanas após tomar a vacina AstraZeneca/Oxford contra a Covid-19. Um novo estudo sobre o assunto foi publicado na revista Nature no dia 27 deste mês.
Segundo o estudo, para ambos os sexos, nessas idades, a chance de morte por ataque cardíaco foi 75% maior entre os vacinados com a primeira dose da AstraZeneca.
Entre as mulheres, o aumento do risco foi de 252% após a primeira dose contra a Covid.
Nenhum aumento semelhante foi observado após qualquer número de doses da vacina da Pfizer, que usa outra tecnologia (mRNA).
Porém, entre os homens, as vacinas de mRNA mostraram uma elevação do risco de morte por ataque cardíaco de 70% após 2 doses, mas esse resultado não foi significativo estatisticamente.
A inflamação do coração e seu revestimento é um efeito colateral bem conhecido das vacinas de mRNA em jovens do sexo masculino.
“Talvez as pessoas extremamente vulneráveis do ponto de vista clínico sejam mais suscetíveis aos efeitos colaterais da vacina”, disse Vahé Nafilyan, estatístico sênior do Escritório Nacional de Estatísticas da Grã-Bretanha e um dos principais pesquisadores do estudo.
