Em conversa com o jornal La Vanguardia, o lateral-direito Daniel Alves voltou a negar o crime de estupro contra uma mulher em uma boate e manteve a versão que contou em abril perante ao juiz encarregado do caso.
O jogador de futebol está detido desde janeiro no presídio Can Brians 2, na Espanha, acusado de agredir sexualmente uma mulher em Barcelona em 30 de dezembro de 2022.
“Tenho a consciência muito tranquila sobre o que aconteceu naquela madrugada no banheiro da discoteca Sutton. O que aconteceu e o que não aconteceu. E o que não aconteceu é que eu forcei aquela mulher a fazer tudo o que fizemos”, disse Daniel Alves, antes de ser questionado sobre a versão dada pela vítima, que garantiu que ele não a deixou sair do banheiro.
“Nada disso é verdade. Mas é ela com sua consciência. Ela nunca me disse para parar. Ele também não fez nenhum gesto de querer ir embora. A porta ficava aberta o tempo todo, ele poderia ter saído porque eu estava sentado praticamente o tempo todo no vaso sanitário”, continuou.
Nas gravações obtidas pela Justiça para analisar o caso, ao deixar o banheiro, a mulher que acusa Alves está com o joelho ferido e dificuldades para andar. Já com a sua amiga, ela começa a chorar e as duas se abraçam.
Questionado sobre isso, o lateral reafirma o ato consensual, que alguém a deu um ‘mau conselho’ e que perdoa a mulher:
“Bem, não importa quantas vezes eu pense sobre isso, eu também não sei. Ocorre-me que há alguém que lhe deu um mau conselho. Que ele se sentiu mal depois de fazer isso, que deu um passo à frente e que não sabe mais como sair da confusão em que se meteu e na qual me meteu. Apelo à sua consciência. Não houve uma única noite em que eu não dormisse em paz. Nem uma única noite. Estou com a consciência tranquila. Eu nunca machuquei ninguém intencionalmente. E nem ela naquela noite. Não sei se ela está com a consciência tranquila, se dorme bem à noite. Eu a perdoo, ainda não sei porque ela fez tudo isso, mas eu a perdoo.”