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A Justiça de São Paulo tornou réu e decretou a prisão preventiva do torcedor do Flamengo suspeito de causar a morte de Gabriela Anelli, uma palmeirense de 23 anos, que faleceu após ser atingida por estilhaços de uma garrafa de vidro no início do mês passado.
A 5ª Vara do Júri da capital recebeu a denúncia do Ministério Público nesta segunda-feira, 14 de agosto. Jonathan Messias Santos da Silva já estava sob prisão temporária desde o dia 25 de julho.
Na decisão, a juíza Marcela Raia Sant’Anna também determinou a conversão da prisão de Jonathan Messias Santos da Silva de temporária para preventiva.
No dia 8 de julho, Gabriela foi atingida no pescoço por uma garrafa durante um tumulto no Allianz Parque, durante uma partida entre Palmeiras e Flamengo pelo Campeonato Brasileiro. Ela veio a falecer dois dias depois.
O torcedor foi indiciado pela polícia por homicídio doloso por motivo fútil.
A fundamentação para atender ao pedido de prisão preventiva baseou-se na necessidade de garantir a ordem pública. O tribunal considerou que essa medida é crucial “devido à gravidade do crime, caracterizado como hediondo, ocorrido antes de um jogo de futebol e motivado por hostilidade à torcida rival, evidenciando o potencial ofensivo concreto do acusado”.
De acordo com a juíza, “a ação do réu, ao deliberadamente lançar uma garrafa de vidro em direção a outras pessoas simplesmente porque torcem por um time diferente do dele, demonstra uma personalidade violenta e distorcida, direcionada para a prática de crimes, o que justifica sua segregação da sociedade”.
O advogado de Jonathan informou que vai recorrer da decisão. “Vamos apresentar a defesa e o pedido de revogação! Já apresentamos na semana passada um [pedido de] habeas corpus junto ao Tribunal de Justiça de São Paulo”, afirmou José Victor Moraes Barros.