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Os organizadores das Olimpíadas de Paris defenderam a cerimônia de abertura neste domingo, em meio a uma reação negativa sobre a aparente paródia da Última Ceia durante a apresentação.
A cerimônia de abertura foi condenada por líderes americanos, líderes mundiais, grupos cristãos e atletas, devido à sua representação de um dos eventos mais reverenciados do cristianismo.
O segmento da cerimônia parecia imitar uma representação da Última Ceia, famosa pintura de Leonardo da Vinci. O elenco da performance incluía drag queens, uma modelo transgênero e um cantor nu estilizado para se assemelhar ao deus grego Dionísio.
A porta-voz de Paris 2024, Anne Descamps, falou sobre o assunto neste domingo (28).
“Claramente, nunca houve a intenção de mostrar desrespeito a nenhum grupo religioso. (A cerimônia de abertura) tentou celebrar a tolerância comunitária”, disse Descamps aos repórteres, via Reuters.
“Acreditamos que essa ambição foi alcançada. Se alguém se ofendeu, sentimos muito.”
Outro líder LGBT francês sugeriu que a cerimônia não foi longe o suficiente.
“Sabemos que na comunidade LGBTQ na França estamos longe do que a cerimônia mostrou. Há muito progresso a ser feito na sociedade em relação às pessoas transgênero. É terrível que, para mudar legalmente sua identidade, elas sejam forçadas a passar por um julgamento,” disse James Leperlier, presidente da Inter-LGBT.
“Se você viu a cerimônia de abertura na noite passada, poderia pensar que as coisas são assim normalmente, mas não são. A França tentou mostrar como deveria ser e não como é.”
O kicker do Kansas City Chiefs, Harrison Butker, e o ex-jogador de MLB Roy Oswalt estavam entre aqueles que se manifestaram contra a paródia.