O ex-jogador de críquete da Inglaterra, Graham Thorpe, tirou a própria vida após anos lutando contra ansiedade e depressão, conforme confirmado por sua família. Thorpe, um dos grandes nomes do críquete inglês, participou de 100 partidas de Teste e 82 internacionais de um dia pela Inglaterra, acumulando mais de 9.000 corridas, incluindo 16 centenas em Testes.
A esposa de Thorpe, Amanda, revelou em entrevista a Michael Atherton para The Times que, apesar de ter uma esposa e duas filhas que o amavam, Thorpe não conseguiu se recuperar. “Ele estava muito doente recentemente e realmente acreditava que seríamos melhor sem ele. Estamos devastados por ele ter tomado essa decisão”, disse Amanda.
Thorpe havia tentado tirar a própria vida em maio de 2022, o que resultou em uma longa estadia em uma unidade de terapia intensiva. Apesar de alguns momentos de esperança, Thorpe continuou a sofrer de depressão e ansiedade severas. “Ele tentou muitos tratamentos, mas infelizmente nenhum deles parecia funcionar realmente”, acrescentou Amanda.
A família de Thorpe planeja lançar uma fundação em sua memória. A filha mais velha do casal, Kitty, de 22 anos, declarou: “Não temos vergonha de falar sobre isso. Não há nada a esconder e não é um estigma. Queremos compartilhar a notícia e aumentar a conscientização.”
Kitty também comentou sobre a diferença entre o pai que conheciam e o homem que a doença se tornou. “Ele amava a vida e a nós, mas não conseguia ver uma saída. Foi estranho ver essa pessoa presa no corpo do pai. Ficamos felizes que as lembranças sejam sobre a vida dele antes da doença.”
Amanda compartilhou uma lembrança especial de Thorpe: “Graham era um espírito livre. Minha memória favorita é dele em Barbados, desfrutando de um rum punch e ouvindo seu reggae favorito após um mergulho. Ele era bonito, engraçado e fazia todos nós rirmos muito.”
Considerado um dos melhores jogadores de sua geração, Thorpe fez a transição para o coaching após se aposentar em 2005, atuando como treinador de rebatidas da Inglaterra entre 2010 e 2022. Em março de 2022, foi nomeado treinador principal do Afeganistão, mas não assumiu o cargo devido à sua saúde debilitada.