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Apesar das Olimpíadas de Paris 2024 terem chegado ao fim, a polêmica em torno do boxe olímpico continua. O esporte, que já havia dado o que falar durante o evento por conta de acusações de corrupção contra a Associação Internacional de Boxe (IBA) e pela participação de boxeadoras questionadas, agora enfrenta um novo escândalo.
O jornal britânico The Times revelou que dois juízes da competição de boxe foram afastados durante o torneio por suspeita de corrupção. Os kazakhstans Alisher Altayev e Yermek Suiyenish, que participaram de diversas lutas, foram removidos após um relatório elaborado pelo professor Richard McLaren, conhecido por suas investigações sobre doping no esporte. McLaren classificou Altayev como um “alto risco” de corrupção e Suiyenish como “risco médio”.
A decisão de afastar os juízes gerou repercussão e críticas. A italiana Irma Testa, por exemplo, que perdeu uma luta julgada por Altayev, questionou o nível do arbitraje. A atleta francesa Wassila Lkhadiri também enfrentou controvérsias em sua luta, com sua adversária e treinador alegando que a decisão dos juízes foi injusta.
A polêmica em torno do boxe olímpico coloca em xeque a credibilidade da modalidade e levanta questionamentos sobre a capacidade da IBA de garantir a integridade das competições. O Comitê Olímpico Internacional (COI) já manifestou preocupação com a situação e afirmou que pode excluir o boxe dos Jogos Olímpicos de Los Ángeles 2028 caso não seja encontrada uma federação capaz de garantir a transparência e a justiça nas competições.