O presidente do Conselho Deliberativo do Corinthians, Romeu Tuma Júnior, acatou nesta sexta-feira (30) o pedido de impeachment contra o presidente do clube, Augusto Melo. No entanto, a decisão foi tomada em conjunto com a apuração já em curso pela Comissão de Ética do Corinthians sobre o contrato de patrocínio com a VaideBet. Com isso, o processo de impeachment será integrado à investigação atual, o que pode prolongar o desfecho do caso.
(crédito: Foto: Jozzu/Agência Corinthians)
Augusto Melo agora tem um prazo de cinco dias para confirmar o recebimento da intimação. Após essa confirmação, o presidente terá 10 dias para apresentar sua defesa e fornecer as provas que julgar necessárias.
Romeu Tuma Júnior falou sobre a importância de uma resolução rápida, mas reconheceu que a Comissão de Ética deve proceder com cautela. “Por consequência, ao atrair competência, o prazo procedimental deverá ser o mais estreito possível, até porque não é recomendável que a Instituição Corinthians permaneça sob a égide da insegurança jurídica e/ou dúvidas pairando sobre seus dirigentes, a causar severos danos”, afirmou Tuma.
O processo administrativo conduzido pela Comissão de Ética não possui um prazo definido. Embora Tuma tenha solicitado agilidade, a comissão enfatiza a necessidade de uma investigação minuciosa. A demora no processo pode levar ao prolongamento do impeachment, caso a investigação policial leve mais tempo do que o esperado.
Após a conclusão da investigação e a formulação de um parecer pela Comissão de Ética, o caso será levado ao Conselho Deliberativo do clube para julgamento. Se a maioria dos conselheiros votar a favor do impeachment, a decisão será submetida aos sócios do Corinthians, que serão convocados para uma assembleia para decidir sobre a destituição do presidente.
