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Horas após a cerimônia da Bola de Ouro realizada em Paris, o evento organizado pela France Football e L’Équipe continua gerando repercussões, principalmente pela ausência da delegação do Real Madrid, liderada por Vinícius Jr., um dos favoritos ao prêmio.
De acordo com informações, a comitiva merengue, composta por 50 pessoas, incluindo o brasileiro Dani Carvajal, Kylian Mbappé e o técnico Carlo Ancelotti — que recentemente conquistaram o prêmio Gerd Müller e o de Melhor Treinador, respectivamente — decidiu não comparecer à gala ao saber que Vinícius não seria o vencedor, uma decisão que consideraram injusta.
O prêmio acabou nas mãos do meia espanhol Rodri, que fez história ao trazer de volta um representante espanhol ao topo após 64 anos, desde Luis Suárez em 1960. Após o evento, o editor-chefe da France Football comentou a situação com L’Équipe, tentando explicar a razão pela qual Vinícius ficou em segundo lugar na votação.
“É evidente que Vinícius provavelmente sofreu com a presença de Bellingham e Carvajal no top 5, pois isso matematicamente lhe retirou alguns pontos. Isso também reflete a temporada do Real Madrid, que teve entre três e quatro jogadores indicados, e os jurados dividiram suas escolhas entre eles, beneficiando Rodri”, afirmou Vincent Garcia, sobre a disputa pelo grande prêmio.
Garcia também se pronunciou sobre a decisão de última hora do Real Madrid de não viajar a Paris: “Sofri muita pressão do Real Madrid, mas, como acontece com outros clubes, sempre fui claro e justo. Talvez meu silêncio os tenha levado ao limite. Mas a situação foi a mesma com os demais. Fiquei muito surpreso e desapontado com a ausência deles.”
Ele ainda comentou sobre a nova norma implementada pela France Football, que não revela o nome do vencedor em nenhum momento: “Fomos muito claros com eles e com todos os outros clubes. Este ano, o vencedor e o agraciado não seriam notificados. Pensei que todos tinham aceitado, mas no último momento, não sei por que, quiseram mudar a regra. Quando o Real Madrid tomou sua decisão, não tenho certeza de que não houve uma parte de desilusão.”
Diante da postura da delegação merengue, os organizadores se viram obrigados a esclarecer sua posição. Reconheceram que, para não revelar o nome do ganhador, não realizaram a tradicional entrevista com o proprietário do troféu nem a sessão de fotos para a próxima edição da publicação francesa.
Com a premiação seriamente afetada pela ausência de um dos clubes com mais indicações (Máximo goleador, equipe do ano e melhor treinador, entre outros), L’Équipe optou por publicar um editorial contundente no dia seguinte criticando o Real Madrid. “Uma derrota eleitoral e uma derrota moral”, titulou Vincent Duluc. “O clube madrilenho optou, sem classe, por desmerecer este valor do esporte que é respeitar seus vencedores”, considerou.
“O Real Madrid, que não aceita que o vencedor não seja ele, acabou se recusando a comparecer por conta do rumor da derrota de Vinícius, tomando como reféns seus outros ganhadores, Carlo Ancelotti e Kylian Mbappé, em particular”, escreveu o jornalista francês sobre a situação.
Duluc foi bastante crítico em relação ao Real Madrid, lembrando que, no fim de semana, o time foi goleado pelo Barcelona no Estádio Santiago Bernabéu: “Adicionando uma derrota moral a uma derrota eleitoral, três dias após ser derrotado pelo Barcelona (0-4), o clube madrilenho optou, sem classe, por desmerecer esse valor do esporte que é respeitar seus vencedores.”
Esse episódio adiciona mais um capítulo à tensa relação entre Mbappé e seus compatriotas franceses após sua conturbada saída do PSG. “Enquanto isso, a rivalidade que deveria durar dez anos nem começou. No pódio há um ano, atrás de Lionel Messi, Erling Haaland e Kylian Mbappé estão ausentes neste outono. Mbappé fará 26 anos em dezembro. A essa idade, Messi já havia ganho quatro Bolas de Ouro. O capitão da seleção francesa em breve se perguntará se algum dia conquistará a Bola de Ouro. Não vimos sua vida assim: o vimos levar tudo com calma, como uma tempestade.”