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Um torcedor do Palmeiras, preso na última sexta-feira (1º) pela Polícia Civil, foi formalmente indiciado sob acusações de envolvimento no assassinato de um torcedor do Cruzeiro e agressões a 17 membros da torcida organizada Máfia Azul, em um confronto ocorrido no final de outubro em Mairiporã, na Grande São Paulo.
O acusado, integrante da Mancha Alviverde, maior organizada do Palmeiras, responderá pelos crimes de homicídio, lesão corporal, dano, tumulto e associação criminosa. A Secretaria da Segurança Pública (SSP) confirmou que Alekssander Ricardo Trancredi, motoboy de 31 anos, se encontra em prisão temporária na carceragem do 8º Distrito Policial (DP), localizado no Brás, região central de São Paulo.
Além dele, outros sete torcedores palmeirenses tiveram prisões temporárias decretadas pela Justiça e estão atualmente sendo procurados. Eles são suspeitos de participação na emboscada que resultou na morte de José Victor Miranda e deixou outros torcedores do Cruzeiro gravemente feridos. De acordo com as investigações, o grupo utilizou barras de ferro e rojões para atacar dois ônibus da Máfia Azul na Rodovia Fernão Dias, no dia 27 de outubro, deixando um dos veículos incendiado e outro depredado.
Alekssander passou por uma audiência de custódia neste sábado (2) no Fórum Criminal da Barra Funda, onde o juiz Fabrizio Sena Fusari recebeu o acusado sobre o cumprimento do mandato de prisão. Embora a defesa tenha solicitado sua liberação, a Justiça determinou que ele permanecesse detido por um período de 30 dias.
Na declaração à TV Globo, o advogado Gilberto Quintanilha, que representa Alekssander e outros cinco torcedores forgidos, criticou a falta de transparência no processo. “A defesa até o momento não possui acesso ao inquérito, tampouco ao resultado das diligências. A imprensa possui mais informações que a própria defesa contém, isso é uma afronta ao Estado de Direito e à ampla defesa dos averiguados”, afirmou.