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O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) prevê que o edital de privatização dos Correios deve ser publicado em abril do ano que vem. O BNDES coordena a desestatização e também quer que o leilão seja realizado em seguida.
O diretor de Concessões e Privatizações do BNDES, Fábio Abrahão, explicou detalhes do processo em um seminário na segunda-feira (20), promovido pela Ablec (Associação Brasileira de Lojistas de e-commerce).
O modelo ainda será fechado, mas prevê que o serviço de entregas de produtos financie o serviço postal universal.
“A ideia é manter os 2 serviços, tanto o postal quanto o de encomendas. O postal se mantém com a boa eficiência nas encomendas”, afirmou Abrahão. O diretor disse ainda que seja o comprador dos Correios nacional ou internacional o serviço postal será preservado.
Abrahão afirmou também que a criação do mecanismo é prevista em “um conjunto de regras”.
O BNDES espera que a “capilaridade incomparável” do serviço dos Correios no Brasil atraia investidores. Mas a estatal também tem dívidas e obrigações a pagar que somam R$ 8 bilhões.
Além disso, para esse modelo ser o publicado em edital, é necessário que antes o Senado Federal aprove o projeto de lei que permite a privatização dos Correios. Essa aprovação precisaria ser ainda este ano. Assim, o conselho interministerial aprovaria o modelo proposto em janeiro.
Se todas as aprovações derem certo, o BNDES pretende abrir o data room, com dados econômicos e financeiros da estatal, ainda em janeiro. Ao mesmo tempo, o edital iria para o TCU (Tribunal de Contas da União). É só com a aprovação do tribunal que o edital pode ser publicado.
O BNDES tem pressa para a privatização porque avalia que os Correios “vem perdendo participação de mercado em velocidade não desprezível” com a mudança tecnológica.
“Daqui a 5 anos, certamente o valor dos Correios será menor”, disse Abrahão.