O procurador da República Deltan Dallagnol, coordenador da força-tarefa da Operação Lava Jato no Paraná, encaminhou nesta segunda-feira (10) ao Supremo Tribunal Federal (STF) que tranque definitivamente o pedido da remoção dele do posto, feito pela senadora Kátia Abreu (PP-TO) ao Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP), órgão que fiscaliza a atuação de promotores de Justiça e procuradores.
No pedido, a parlamentar argumenta que Deltan deve ser retirado da coordenação da força-tarefa após ter sido alvo de dezesseis reclamações disciplinares no CNMP, e de ter firmado o acordo com a Petrobras para que 2,5 bilhões de reais recuperados na Lava Jato fossem destinados a uma fundação gerida pelos procuradores; e ter dado palestras remuneradas.
No caso do pedido de remoção feito por Kátia Abreu, se a suspensão imediata não for concedida, a defesa de Deltan quer que o julgamento seja submetido a maioria absoluta do CNMP, formado por 14 membros –atualmente, três cadeiras estão vagas. A ação cível de Deltan contra o pedido da senadora teve como relator sorteado o ministro Celso de Mello.