Justiça

Tribunal Esportivo pede multa de R$ 100 mil à Carol Solberg por “fora Bolsonaro”

Atleta pode sofrer penalidade máxima e suspensão por seis torneios de vôlei

A denúncia da procuradoria do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) contra a jogadora de vôlei de praia, Carol Solberg, pede penalidade máxima e multa de R$ 100 mil, além de seis torneios de suspensão. Atleta foi denunciada após ter gritado “Fora, Bolsonaro” durante entrevista ao SporTV depois de conquistar uma medalha de bronze no Circuito Brasileiro de Vôlei de Praia.

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De acordo com a coluna Olhar Olímpico, do UOL, a denúncia cita dois artigos do Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD). O 191 que é sobre “deixar de cumprir, ou dificultar o cumprimento de regulamento, geral ou especial, de competição” e o 258 a “assumir qualquer conduta contrária à disciplina ou à ética desportiva não tipificada pelas demais regras deste Código”.

De acordo com o Uol, pelo primeiro, a punição varia de R$ 100 a R$ 100 mil. Pelo segundo, suspensão de “uma a seis partidas, provas ou equivalentes”. O valor de R$ 100 mil equivale ao que Carol recebeu de premiação na soma de todas as últimas 12 etapas do Circuito Brasileiro, realizadas durante quase dois anos.

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O procurador-geral Fábio Lira destaca na denúncia que o regulamento da competição aponta a obrigação dos atletas em “não divulgar, através dos meios comunicações, sua opinião pessoal ou informação que reflita críticas ou possa, direta ou indiretamente, prejudicar ou denegrir a imagem da CBV e/ou os patrocinadores e parceiros comerciais das competições”.

Ele também destaca que a fala de Carol coloca em risco o patrocínio do Banco do Brasil ao vôlei — ele não cita expressamente, mas teme-se que o governo Jair Bolsonaro (sem partido) retalie a modalidade cortando o patrocínio, que vem desde o governo José Sarney e tem contrato vencendo em abril do ano que vem.

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“Tais manifestações somente acirram a divisão existente na sociedade e lançam em perigo o patrocínio ao desporto que garante a sua continuidade, gera renda e empregos, beneficiando atletas, profissionais, mídia, público e patrocinadores. E se ao sujeito político o qual foi o destinatário das críticas da ora denunciada já foi midiaticamente imputada a divisão da sociedade, esta não poderia de forma transversa percorrer o mesmo caminho e contribuir para o aumento desta divisão existente”, alega Dantas.

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