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O narcotraficante Clemilson dos Santos Farias, conhecido como “Tio Patinhas”, deixou a cadeia nesta quarta-feira (26). Ele foi solto após a Justiça do Amazonas revogar a prisão em um dos processos que ele responde.
A decisão foi assinada na última segunda-feira (25). Considerado um criminoso de alta periculosidade, “Tio Patinhas” é um dos chefes do Comando Vermelho (CV) no Amazonas.
Ele foi preso em 2018 em um apartamento de luxo, em Pernambuco. Ele é ligado a diversos homicídios praticados na capital amazonense. Em alguns, os criminosos deixaram um bilhete com o recado: “Tio Patinhas que mandou”.
“Tio Patinhas” é apontado também como o número 2 da facção CV, comandada por Gelson Carnaúba, conhecido como “Mano G”.
A Polícia Militar de Pernambuco ainda apreendeu com Clemilson uma metralhadora calibre .50, com poder de derrubar até um avião.
Segundo a justificativa da juíza Rosália Guimarães Sarmento, a denúncia feita pelo Ministério Público contra “Tio Patinhas” foi julgada improcedente por fragilidade de provas. A sentença também pede a restituição dos bens dele que foram apreendidos.
“Por todo o exposto e por tudo o mais que destes autos consta julgo integralmente improcedente o pedido formulado na denúncia e absolvo os réus Clemilson dos Santos Farias e Luciane Barbosa. De todas as imputações que lhes foram feitas na exordial acusatória, pela ausência/fragilidade das provas que, da forma que se encontram, são insuficientes para demonstrar a autoria e a materialidade delitiva dos crimes atribuídos aos réus supramencionados. Fulcro a presente sentença nos incisos V e VII do art. 386 do CPP.”, diz a decisão.
“Ante a absolvição do nacional Clemilson dos Santos Farias, revogo sua prisão preventiva, e, consequentemente, determino que seja expedido o competente alvará de soltura”, diz a juíza.
Luciane é esposa de Clemilson e apontada no processo como “braço financeiro” do criminoso. “Exercia papel fundamental também na ocultação de valores oriundos do narcotráfico, adquirindo veículos de luxo, imóveis e registrando empresas laranjas”, consta na denúncia do MP. Luciane estava respondendo ao processo em liberdade.