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A Justiça do Rio de Janeiro mandou soltar o médico equatoriano Bolívar Guerrero, acusado por homicídio tentado qualificado e por motivo torpe contra Daiana Chaves Cavalcanti após uma cirurgia plástica malsucedida.
O caso da dona de casa veio à tona depois dela começar a denunciar publicamente que era mantida em cárcere privado na Clínica Santa Branca, de propriedade do equatoriano.
A juíza Anna Christina da Silveira Fernandes atendeu a um pedido da defesa de Bolívar, feito na 1ª audiência de instrução e julgamento do caso, no último dia 3.
“É a efetivação da justiça e a comprovação de que o que o deixava preso era fruto muito mais de uma irresponsabilidade de um paciente do que de qualquer erro médico. Muito menos tentativa de homicídio”, disse o advogado Renato Darlan.
Ele afirmou que seu cliente deixará o sistema prisional ainda nesta quarta-feira (15).
A técnica de enfermagem Kellen Cristina de Queiroz dos Santos também responde pelo crime no processo.
Segundo Ministério Público do Rio de Janeiro, eles foram os responsáveis pelas cirurgias plásticas malsucedidas [uma abdominoplastia e uma mamoplastia] em Daiana, e que a levaram ser internada por quase quatro meses, com passagens pelo CTI.
Daiana também ficou com o corpo marcado com cicatrizes das operações realizadas por eles.
Na audiência, Daiana foi uma das testemunhas ouvidas, assim como membros de sua família.
“Fiquei bem nervosa durante o depoimento, e não quis assistir ao restante da audiência porque fiquei com medo. Lembrar aquilo tudo me fez mal também, mas acredito que a justiça vai ser feita”, disse Daiana ao site g1, que depôs sem a presença dos réus.