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No último dia 4, o Ministério Público Federal (MPF) concordou em partes com a defesa de Adélio Bispo e pediu à Justiça que o autor da facada em Bolsonaro seja transferido da Penitenciária Federal de Campo Grande (MS) para uma unidade prisional ou de saúde em que ele possa ser tratado.
O parecer do MPF leva em conta duas perícias que foram realizadas em Adélio em agosto do ano passado.
Os profissionais afirmam em ambos os laudos que Adélio teve piora no quadro clínico devido à falta de atendimento médico, psicológico e psiquiátrico.
“O risco aumentado à periculosidade está diretamente relacionado a seu quadro psicótico paranoide com delírios persistentes. Um tratamento psiquiátrico adequado, com equipe multidisciplinar, em ambiente hospitalar e com a segurança adequada a que o caso requer, se torna fundamental e indispensável (…). Já houve agravamento do quadro neste período no presídio federal e seu quadro pode ter, a cada tempo que passa sem tratamento adequado, o prognóstico cada vez mais reservado”, afirmam os profissionais nos laudos.
No fim do mês passado, o procurador regional da República Marcos José Gomes Corrêa entrou em contato com o departamento de saúde do presídio para saber que tipo de atendimento médico o local contava.
Ele ouviu do presídio que não havia psiquiatras e nem psicólogos no local.
Então, Corrêa procurou a direção do Hospital Psiquiátrico e Judiciário Jorge Vaz, em Barbacena (MG), que poderia não apenas abrigar e tratar o autor da facada, como deixá-lo mais perto de sua família, como quer sua defesa.
Diante da necessidade de tratamento e da impossibilidade momentânea de Adélio seguir para seu Estado, o procurador pediu à Justiça para que se encontre outro local.
O pedido do MPF ainda não foi julgado.