Na tarde desta quinta-feira (18), o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Kassio Nunes Marques, votou para inocentar Fernando Collor da acusação de corrupção passiva, organização criminosa e lavagem de dinheiro.
O ministro foi o 1º a abrir dissidência na Suprema Corte sobre o caso envolvendo o ex-presidente e ex-senador.
Outros anteriores três ministros (Edson Fachin, Alexandre de Moraes e André Mendonça) votaram a favor da condenação de Collor em 33 anos e 10 meses de prisão, além de pagamento de multa e indenização de R$ 20 milhões.
Durante seu voto, Marques disse que a investigação não comprovou nenhuma prática criminosa de Collor e seu grupo, acusados de desviar quase R$ 30 milhões em um esquema de propina da BR Distribuidora, ligada com a Petrobras.
“Após encerrada a instrução, o conjunto probatório não comprovou de forma conclusiva e acima de qualquer dúvida razoável mostrou que os acusados Collor e Bergamaschi tivessem negociado a venda de apoio político para a manutenção de dirigentes na BR Distribuidora”, disse Nunes Marques em seu voto.
“Com a finalidade de obtenção de vantagens ilícitas mediante desvio de dinheiro público”, afirmou Kassio.
O voto de Nunes Marques valeu também para todos os outros réus envolvidos na ação.