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O pedido da Polícia Federal para fazer busca e apreensão nos endereços dos acusados de agredir Alexandre de Moraes e familiares dele em um aeroporto da Itália menciona uma “possível relação” com o inquérito dos “atos antidemocráticos” para justificar a operação.
O inquérito tramita em sigilo no Supremo Tribunal Federal desde 2021 e que tem o próprio magistrado como relator.
O delegado que assina o pedido de busca e apreensão, Hiroshi Sakaki, integra a equipe que trabalha com o próprio Alexandre de Moraes nos vários inquéritos que correm sob a relatoria do ministro.
“Embora os crimes objeto da presente apuração sejam, em tese, crimes contra a honra e contra a liberdade pessoal de ministro deste egrégio Supremo Tribunal Federal, há elementos indicando uma possível relação com os fatos apurados no Inquérito 4879 (o chamado inquérito dos atos antidemocráticos), o qual tramita nesta colenda corte, razão pela qual o feito é remetido ao Supremo Tribunal Federal, para que avalie possível conexão, sem prejuízo de eventual declínio de competência”, escreveu Sakaki no pedido.
Para além do pedido ter sido feito por um delegado que trabalha com o próprio ministro do STF, chama a atenção o esforço de Sakaki para relacionar a suposta agressão às investigações dos “atos antidemocráticos” e, assim, justificar a atuação do STF no caso.
Na peça, o delegado da PF aliado de Moraes não lista quais seriam os elementos que indicam a “possível relação” com o Inquérito 4879.
A Procuradoria-Geral da República (PGR) se manifestou favoravelmente à medida solicitada pelo aliado de Moraes.