Justiça

PF citou relação com “atos antidemocráticos” para justificar buscas em caso de suposta agressão a Alexandre de Moraes

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

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O pedido da Polícia Federal para fazer busca e apreensão nos endereços dos acusados de agredir Alexandre de Moraes e familiares dele em um aeroporto da Itália menciona uma “possível relação” com o inquérito dos “atos antidemocráticos” para justificar a operação.

O inquérito tramita em sigilo no Supremo Tribunal Federal desde 2021 e que tem o próprio magistrado como relator.

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O delegado que assina o pedido de busca e apreensão, Hiroshi Sakaki, integra a equipe que trabalha com o próprio Alexandre de Moraes nos vários inquéritos que correm sob a relatoria do ministro.

“Embora os crimes objeto da presente apuração sejam, em tese, crimes contra a honra e contra a liberdade pessoal de ministro deste egrégio Supremo Tribunal Federal, há elementos indicando uma possível relação com os fatos apurados no Inquérito 4879 (o chamado inquérito dos atos antidemocráticos), o qual tramita nesta colenda corte, razão pela qual o feito é remetido ao Supremo Tribunal Federal, para que avalie possível conexão, sem prejuízo de eventual declínio de competência”, escreveu Sakaki no pedido.

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Para além do pedido ter sido feito por um delegado que trabalha com o próprio ministro do STF, chama a atenção o esforço de Sakaki para relacionar a suposta agressão às investigações dos “atos antidemocráticos” e, assim, justificar a atuação do STF no caso.

Na peça, o delegado da PF aliado de Moraes não lista quais seriam os elementos que indicam a “possível relação” com o Inquérito 4879.

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A Procuradoria-Geral da República (PGR) se manifestou favoravelmente à medida solicitada pelo aliado de Moraes.

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