Justiça

CNJ: Com “salário mínimo” de R$ 33 mil, 73% dos juízes brasileiros acham que seus salários são insuficientes para a quantidade de trabalho

Foto: 2541163/Pixabay

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Um relatório parcial do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) aponta que juízes brasileiros estão estressados e ansiosos, trabalham demais e sentem que seus salários não são suficientes para o quanto que trabalham.

A relatório do 2º Censo do Poder Judiciário do CNJ, que foi divulgado na terça-feira (19) e é elaborado a partir das respostas de 6,1 mil magistrados do Brasil.

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Atualmente, o subsídio mais baixo de um juiz federal brasileiro é de R$ 33 mil, equivalente a 25 salários mínimos.

Com base no levantamento, quando se fala na relação trabalho versus salário, a maioria dos juízes (79,7%) afirmou ao CNJ que acha que está trabalhando demais, e um número bastante similar (73,9% dos que responderam a pesquisa até agora) acha que a remuneração que recebem não está adequada.

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O CNJ disse ao jornal O Estadão que não tem uma estatística sobre a remuneração média dos juízes, desembargadores e ministros do País, “porque os tribunais são autônomos para definir os valores, desde que respeitado o teto constitucional”.

Ao jornal, o CNJ também disse que prefere não comentar os resultados do Censo porque os dados ainda são preliminares.

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No dia 1º de setembro, o CNJ publicou o anuário “Justiça em Números”, que mostrou que um magistrado custa, em média, R$ 68 mil aos cofres públicos por mês. Isso equivale a 51,5 salários mínimos.

O valor ultrapassa o teto constitucional do Brasil, que é o valor máximo que um servidor público poderia ganhar, que hoje é de R$ 41 mil.

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Isso se explica pelo fato de alguns penduricalhos, que são benefícios como “adicionais por tempo de serviço”, “congratulações” e “gratificações”, que podem ser criados e ter validade só para os membros de determinada Corte, ficarem de fora do limite do teto.

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