Justiça

Barroso dá 60 dias para Lula apresentar plano de expulsão de invasores de terras indígenas

Foto: Carlos Moura/SCO/STF

O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, determinou nesta quinta-feira (09) que o governo federal apresente em 60 dias um novo plano para a desintrusão das Terras Indígenas.

O plano deve ser elaborado pelos ministérios da Justiça, dos Povos Indígenas e da Defesa, e coordenado pela Secretaria-Geral da Presidência da República.

CONTINUE LENDO APÓS O ANÚNCIO

A decisão ocorreu no âmbito da Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) 709, que tem entre os proponentes a Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib) e seis partidos políticos.

Barroso afirmou que o plano deve ser efetivo e assegure a posse da terra para as comunidades indígenas. Para isso, ele deve contemplar ações de vigilância para monitorar e proteger as terras indígenas.

CONTINUE LENDO APÓS O ANÚNCIO

O ministro também defendeu que o plano deve fixar medidas de caráter social para aqueles que estão sendo removidos dessas terras, como o reassentamento ou a inclusão em benefícios sociais. Caso contrário, esses grupos irão retornar para o território que foi desocupado ou irão buscar novas terras para ocupação.

Barroso também cobrou do governo ações para garantir a segurança alimentar dos yanomamis. Ele ressaltou que é imprescindível que os Yanomamis recuperem a autonomia da sua segurança alimentar e não sejam mais dependentes de cestas de alimentos periódicas pelo Governo Federal.

CONTINUE LENDO APÓS O ANÚNCIO

O ministro determinou que o plano do governo deverá conter:

  • Os objetivos específicos para cada terra indígena;
  • Os recursos necessários e disponíveis (físicos, financeiros e humanos);
  • O detalhamento das atividades que serão realizadas e seu cronograma;
  • Os impactos esperados da intervenção;
  • Os indicadores, com insumos, produtos, resultados, impactos, valor da linha de base e frequência da coleta, bem como os órgãos responsáveis pela coleta e análise de dados;
  • As forças, fraquezas, oportunidades e ameaças para a efetividade das medidas previstas.

Barroso decidiu ainda que, em caso de ausência de recursos disponíveis, o Poder Executivo deve avaliar a abertura de crédito extraordinário para concluir as desintrusões das 7 Terras Indígenas no prazo máximo de 12 meses.

Além disso, o ministro ordenou que o Ministério da Saúde apresente, em 90 dias, um novo plano de ação para o aperfeiçoamento do Subsistema de Atenção à Saúde Indígena (SasiSUS) em até 12 meses.

CONTINUE LENDO APÓS O ANÚNCIO

© 2024 Todos os direitos reservados Gazeta Brasil.

Sair da versão mobile