Justiça

Barroso: “Por trás do discurso da liberdade de expressão, se difundem o ódio, o mal, a intolerância, o extremismo”

Foto: Rosinei Coutinho/SCO/STF

Nesta segunda-feira (15), o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, afirmou que o mundo vive um momento em que a liberdade de expressão é usada para divulgar “intolerância” e “extremismo” e para sustentar um modelo de negócios que “vive de engajamento”.

As falas foram feitas em fórum sobre “Segurança, Desenvolvimento Humano e Coesão Social”, promovido pelo programa do Instituto Latino-Americano das Nações Unidas para a Prevenção do Crime e o Tratamento do Delinquente (Ilanud) e realizado no Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ).

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“Por trás do discurso da liberdade de expressão, se difundem o ódio, o mal, a intolerância, o extremismo”, disse o magistrado. “Se evoca a liberdade de expressão, que é um valor precioso, quando, na verdade, é um modelo de negócios, que vive de engajamento, de cliques”.

De acordo com Barroso, o ódio, a desinformação, a mentira e a agressividade “trazem muito mais engajamento do que o bem, o discurso moderado e a busca da verdade possível”.

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Segundo o presidente do STF, é preciso “equacionar” o problema, de forma que a liberdade de expressão não seja destrutiva para a vida democrática. “O discurso é da liberdade de expressão, mas nós estamos falando é de dinheiro e de gente que está ganhando e incentivando o mal”.

Barroso afirma que há, atualmente, uma “questão democrática” em jogo, ameaçada por um “movimento global de extremismo”, com atitude “anti-institucional” e “antipluralista”.

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“Estamos vivendo um momento de grande tensão entre liberdade de expressão e a preservação das instituições e da vida civilizada. Porque os incentivos são errados. Quanto mais ódio, quanto mais ataques, maior a receita”, afirmou Barroso

O presidente do STF disse não haver solução moralmente ou juridicamente “simples e barata” para tratar do problema: “A coesão social está exigindo que todos nós sejamos capazes de pensar caminhos para que a revolução tecnológica, que traz muitos benefícios para a humanidade, não descarrilhe para um trilho em que os valores que queremos cultivar, a causa da humanidade, os valores civilizatórios, sejam corrompidos”.

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