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O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, determinou a soltura do coronel do Exército Marcelo Câmara, ex-assessor do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e suspeito de participar de um suposto plano de golpe de Estado. Ele estava preso no Setor Militar Urbano (SMU), na capital federal.
A decisão foi tomada por Moraes na noite de quinta-feira (16). Ao soltar Câmara, o ministro do STF impôs o uso de tornozeleira eletrônica e o comparecimento semanal em juízo, bem como a proibição de se ausentar do DF.
Marcelo Câmara também não pode se comunicar com os demais investigados ou utilizar as redes sociais, de acordo com a decisão de Moraes.
O ex-assessor de Bolsonaro havia sido preso na Operação Tempus Veritatis, deflagrada em 8 de fevereiro pela Polícia Federal (PF). Câmara é suspeito de participar de atos preparatórios para um suposto golpe de Estado.
A defesa de Câmara nega a participação. Segundo relatório da PF sobre as investigações, ele teria monitorado o próprio Alexandre de Moraes, com o intuito de planejar a prisão do ministro, um dos passos do suposto plano de golpe.
Ainda de acordo com o documento da PF, o coronel trabalharia em coordenação estreita com o próprio Bolsonaro.
Ao soltar o coronel, Alexandre de Moraes acatou parecer da PGR. Para o órgão, o suposto grupo criminoso investigado já foi desarticulado e a soltura de Câmara não ameaça as investigações.