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O Poder Judiciário brasil gastou R$ 132,8 bilhões em despesas como salários de servidores e equipamentos no ano passado, valor recorde se considerada a série histórica iniciada em 2009. Os dados constam do relatório “Justiça em Números”, divulgado pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) nesta terça-feira (28).
O valor é quase o dobro do montante arrecadado pela própria Justiça (com multas, por exemplo), que somou R$ 68,74 bilhões, o equivalente a 52% das despesas.
A alta na despesa ocorre no momento em que o Congresso também discute a possibilidade de magistrados aumentarem seus rendimentos.
De acordo com o balanço do CNJ, as despesas totais do Judiciário brasileiro tiveram um aumento de 9% em relação ao ano anterior e representam 1,2% do PIB do país.
Segundo o levantamento, a maior parte dos gastos do Judiciário, 90,2%, se dá com pessoal: R$ 119,7 bilhões. Os tribunais brasileiros contam com a atuação de 446.534 profissionais, sendo 18.265 juízes ou juízas.
Essas despesas, segundo o CNJ, compreendem, além do pagamento dos salários de magistrados, servidores, aposentados, terceirizados e estagiários, todos os demais auxílios e assistências, como auxílio alimentação, diárias, passagens e gratificações.
O maior volume desses gastos diz respeito à Justiça Estadual, instância que abrange 77% dos processos judiciais em tramitação, de acordo com o CNJ: corresponde a aproximadamente 63% da despesa total do Judiciário.