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O World Drug Report 2024, divulgado pelo Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (UNODC), destaca que a maconha é a droga mais amplamente consumida globalmente. O relatório, lançado nesta quarta-feira (26), aborda os impactos da descriminalização em várias nações.
Segundo dados da ONU, a maconha lidera o consumo mundial, com 228 milhões de usuários, o que representa cerca de 78% do total de consumidores de drogas.
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A ONU também aponta que há 292 milhões de pessoas utilizando substâncias regularmente, marcando um aumento de 20% nos últimos 10 anos.
No que se refere à legalização da maconha em alguns países, o relatório da ONU aponta que em janeiro de 2024, o Canadá, o Uruguai e 27 jurisdições nos EUA legalizaram a produção e venda desta substância para uso recreativo.
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O documento da ONU destaca que “nestas jurisdições das Américas, o processo parece ter acelerado o uso nocivo da droga e levado a uma diversificação de produtos de canábis, muitos deles com elevado teor de THC (potência)”.
O relatório divulgado em Viena revela um aumento preocupante nas hospitalizações, distúrbios psiquiátricos e tentativas de suicídio associadas ao uso regular de cannabis, especialmente entre jovens adultos nos Estados Unidos e no Canadá. Apesar desse cenário, o crescimento no número de pessoas buscando tratamento é significativamente mais lento do que o aumento de usuários.
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Dos 64 milhões de pessoas com transtornos decorrentes do uso, apenas cerca de 1 em cada 11 busca ajuda. Especificamente entre as mulheres, essa proporção é ainda mais alarmante, com apenas 1 em cada 18 usuárias buscando tratamento.
Além disso, o relatório destaca que a produção global de cocaína atingiu um recorde de 2.757 toneladas em 2022, um aumento de 20% em relação ao ano anterior. O cultivo global de coca aumentou 12% entre 2021 e 2022, abrangendo 355 mil hectares. Este aumento na oferta e demanda de cocaína coincidiu com um aumento da violência nos países que fazem parte da cadeia de produção, como Equador e países do Caribe. Houve também um aumento dos danos à saúde nos países de destino, incluindo na Europa Ocidental e Central.
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O relatório aborda ainda vários temas especiais, como o impacto da proibição da produção de ópio no Afeganistão, drogas sintéticas, os efeitos da legalização da cannabis e o ressurgimento do consumo de substâncias psicodélicas. Também explora questões relacionadas ao direito à saúde no contexto do uso de drogas, bem como a conexão entre o tráfico de drogas no Triângulo Dourado (Tailândia, Myanmar, Laos e Afeganistão) e outras atividades ilícitas e suas consequências.
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