Justiça

Após acordão, Câmara põe na geladeira PEC que permite ao Congresso suspender decisões do STF

Foto: Henrique Raynal/Casa Civil

Após o acordão entre os três Poderes sobre as emendas parlamentares, a Câmara dos Deputados deve desacelerar o andamento de uma Proposta de Emenda Constitucional (PEC) que concederia aos congressistas o poder de suspender decisões do Supremo Tribunal Federal (STF). A informação é do jornal O Globo.

A proposta, que estava parada desde o ano passado, foi enviada à Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) pelo presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), após o ministro Flávio Dino, do STF, suspender a execução de recursos por meio de emendas.

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No entanto, a orientação atual é manter a PEC “na geladeira”, sem previsão de votação no colegiado da Casa.

A PEC prevê que o Congresso Nacional possa suspender decisões do STF quando considerarem “que exorbita do adequado exercício da função jurisdicional e inova o ordenamento jurídico como norma geral e abstrata”.

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O envio da proposta à CCJ da Câmara por Arthur Lira foi visto nos bastidores como uma resposta direta à decisão do ministro Flávio Dino, apoiada pela maioria do STF, de suspender a execução das emendas até que o Congresso aprovasse regras para aumentar a transparência nos repasses feitos por parlamentares.

O recuo de Arthur Lira após o acordão agora sinaliza uma trégua por parte do presidente da Câmara.

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Por outro lado, uma outra PEC, que busca limitar as decisões monocráticas dos magistrados, seguirá seu curso normal na CCJ, com a possibilidade de ser votada ou não dependendo das negociações sobre novas regras para as emendas.

Conhecida como PEC das Decisões Monocráticas, a proposta foi aprovada pelo Senado no ano passado, mas estava parada na Câmara até o conflito com o STF.

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Essa PEC é uma demanda antiga de parlamentares pró-Bolsonaro, que desejam restringir o alcance do Judiciário. O deputado Filipe Barros (PL-PR), líder da oposição na Câmara, foi designado relator do texto.

Na quarta, Dino afirmou que o acordo entre os três Poderes sobre as emendas estabelece “balizas” a serem seguidas, mas destacou que ainda emitirá uma nova decisão no caso e que, eventualmente, o tema será julgado pelo plenário do STF.

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Como relator de um conjunto de ações relacionadas às emendas, Dino informou que reavaliará a questão após o prazo de 10 dias para que o Executivo e o Legislativo definam alguns pontos.

Depois disso, a Advocacia-Geral da União (AGU) e o Procurador-Geral da República (PGR) poderão se manifestar antes do julgamento.

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Lira ressuscitou as duas propostas no último dia 16, em retaliação à decisão do STF de manter a suspensão das emendas parlamentares ao Orçamento, determinada pelo ministro Flávio Dino.

No entanto, os ministros do STF não se deixaram intimidar e enviaram sinais, por meio de interlocutores, de que considerariam inconstitucional a PEC que busca revogar decisões do Supremo.

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