Justiça

Paulinho da Força pede para STF derrubar tramitação da PEC que limita decisões monocráticas do STF

Foto: Antônio Cruz/Agência Brasil

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O Supremo Tribunal Federal (STF) recebeu, nesta quarta-feira (11), um pedido para barrar a tramitação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que busca limitar as decisões monocráticas dos ministros da Corte. O deputado Paulinho da Força apresentou um mandado de segurança solicitando que a Câmara interrompa o andamento da PEC.

A proposta já foi aprovada no Senado e está sendo analisada na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara, com parecer favorável do relator, deputado Marcel van Hatten, do partido Novo do Rio Grande do Sul. As discussões na CCJ foram finalizadas nesta quarta-feira, e o texto está pronto para votação.

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A PEC visa proibir decisões individuais de ministros do STF que suspendam a validade de leis, atos do presidente da República, dos presidentes do Senado ou da Câmara. Além disso, impede decisões que interrompam a tramitação de propostas legislativas, afetem políticas públicas ou criem despesas.

A proposta também estabelece prazos para que o colegiado avalie liminares em Ações Diretas de Inconstitucionalidade (ADIs), Ações Declaratórias de Constitucionalidade (ADCs), Arguições de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPFs) ou Ações Diretas de Inconstitucionalidade por Omissão (ADOs).

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No pedido ao STF, Paulinho da Força argumenta que a PEC viola a cláusula pétrea da Constituição, que garante a independência e separação dos Poderes, e que não pode ser alterada, nem mesmo por emenda constitucional.

A ação alega que a PEC nº 08/2021 compromete a autonomia do Judiciário no exercício de suas funções.

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Os advogados do deputado também destacam que a restrição às liminares monocráticas no STF e em outros tribunais prejudica o acesso à Justiça, outra garantia constitucional. Paulinho enfatiza que a tramitação da PEC está avançada e que o texto pode ser levado ao plenário da Câmara após a votação na CCJ. Ele busca uma decisão liminar que suspenda os trâmites da PEC e impeça sua votação, tanto em comissões quanto no plenário.

Até o momento, o mandado de segurança do deputado não foi distribuído a nenhum ministro do STF.

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