Meio Ambiente

Estudo vê chance de recuperação de meio milhão de hectares de caatinga

Foto: Gabriel Carvalho/Setur-BA/Divulgação

Um levantamento realizado pela fundação holandesa IDH, com o apoio do instituto de pesquisa WRI Brasil, revelou que existem pelo menos meio milhão de hectares de caatinga com potencial para restauração. O estudo, divulgado nesta terça-feira (23) em São Paulo, aponta que essas áreas estão localizadas no Cariri Ocidental, na Paraíba; no Sertão do Pajeú, em Pernambuco; e no Sertão do Apodi, no Rio Grande do Norte.

A pesquisa destaca que a restauração da vegetação nativa pode oferecer oportunidades econômicas sustentáveis, gerando renda e empregos para as populações locais. Entre os benefícios esperados estão a regulação hídrica, estabilização do solo e controle da erosão.

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A coordenadora de projetos do WRI Brasil e uma das autoras do estudo, Luciana Alves, ressalta a importância da conservação e restauração da paisagem da caatinga para a resiliência climática, segurança hídrica e sobrevivência das comunidades locais.

Os arranjos de restauração mais recomendados para os territórios analisados incluem o Sistema AgroFlorestal (SAF) forrageiro, que utiliza a palma forrageira como espécie principal; o SAF Melífero, voltado para apicultura e meliponicultura; o SAF Frutífero, que combina árvores com espécies frutíferas, forrageiras e agrícolas; a Integração lavoura-pecuária-floresta (ILPF), que integra caprinocultura com produção de forragem e árvores; a Regeneração Natural Assistida (RNA); a Restauração Ativa, com plantio de mudas e sementes; e a Restauração Hidroambiental, que visa reverter a degradação e restaurar solo e vegetação.

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Alves também destaca que, devido à forte conexão com a agenda climática, a restauração da caatinga pode se beneficiar significativamente de recursos internacionais e privados voltados para essa causa.

A caatinga, um dos seis biomas brasileiros, é o único que é exclusivamente nacional. Com uma área de aproximadamente 850 mil quilômetros quadrados, é a região semiárida mais densamente povoada do mundo, abrigando cerca de 27 milhões de pessoas.

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Em junho deste ano, o Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA) anunciou a seleção de 12 projetos prioritários para a criação de unidades de conservação federais na caatinga, que serão implantadas até 2026 e aumentarão em mais de um milhão de hectares as áreas protegidas.

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