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Dados do programa BDQueimadas, do Inpe, apontam que o Pantanal registrou 2.241 focos de incêndio entre 1º de agosto e esta terça-feira (13). No acumulado do ano, o bioma já contabilizou 6.997 focos de incêndio.
Até o momento, as cidades com mais registros de incêndio no Pantanal em agosto são Corumbá (MS), Aquidauana (MS), Miranda (MS), Barão de Melgaço (MT) e Cáceres (MT).
Após uma forte alta nos incêndios em junho, a situação havia melhorado em julho, mas voltou a piorar em agosto. Durante todo o mês de agosto de 2023, foram registrados 110 focos de incêndio no bioma.
Um estudo do World Weather Attribution, realizado por pesquisadores do Brasil, Holanda, Suécia e Reino Unido, aponta que as condições que favoreceram os incêndios no Pantanal em junho se intensificaram em 40% devido às mudanças climáticas.
Segundo o estudo, as condições registradas em junho de 2024 foram as mais propícias para a propagação de incêndios já observadas na região, com o mês sendo o mais seco, quente e ventoso desde 1979, quando as observações começaram.
Os pesquisadores estimam que aproximadamente 440 mil hectares do Pantanal foram queimados apenas em junho de 2024, uma área significativamente maior que o recorde anterior para o mês, de 257 mil hectares, e muito superior à média histórica de 8.300 hectares.
O estudo também conclui que o aquecimento global causado pelo homem tornou as condições climáticas de junho 40% mais intensas e de 4 a 5 vezes mais prováveis.
As temperaturas elevadas, impulsionadas pelas mudanças climáticas, e a redução da precipitação, que vem ocorrendo há mais de 40 anos, são apontadas como os principais fatores para o aumento da severidade dos incêndios.