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O editorial do New York Times está pedindo ao Presidente Biden que “saia da corrida” após sua desastrosa performance no debate.
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“O Presidente Biden repetidamente e com razão descreveu as apostas na eleição presidencial de novembro como nada menos que o futuro da democracia americana”, começou o editorial na sexta-feira.
“O Sr. Biden afirmou ser o candidato com a melhor chance de enfrentar essa ameaça de tirania e derrotá-la. Seu argumento se baseia principalmente no fato de ter vencido o Sr. Trump em 2020. Isso não é mais uma justificativa suficiente para que o Sr. Biden seja o candidato democrata este ano.”
O Times ofereceu uma avaliação direta sobre como os eleitores perceberam o presidente, declarando: “Biden não é mais o homem que era há quatro anos”.
“O presidente apareceu na noite de quinta-feira como a sombra de um grande servidor público. Ele teve dificuldades para explicar o que realizaria em um segundo mandato. Ele teve dificuldades para responder às provocações do Sr. Trump. Ele teve dificuldades para responsabilizar o Sr. Trump por suas mentiras, falhas e planos perturbadores. Mais de uma vez, ele teve dificuldades para terminar uma frase”, disse o editorial aos leitores. “O Sr. Biden tem sido um presidente admirável. Sob sua liderança, a nação prosperou e começou a enfrentar uma série de desafios de longo prazo, e as feridas abertas pelo Sr. Trump começaram a cicatrizar. Mas o maior serviço público que o Sr. Biden pode prestar agora é anunciar que não continuará concorrendo à reeleição.”
O editorial prosseguiu chamando a candidatura de Biden de “aposta imprudente” e afirmou que existem outros democratas “melhor equipados para apresentar alternativas claras, convincentes e energéticas a um segundo mandato de Trump”.
“Não há motivo para o partido arriscar a estabilidade e a segurança do país forçando os eleitores a escolher entre as deficiências do Sr. Trump e as do Sr. Biden. É uma aposta grande demais para simplesmente esperar que os americanos ignorem ou desconsiderem a idade e a fragilidade do Sr. Biden que veem com seus próprios olhos”, continuou o editorial.
Enquanto o conselho do Times deixou claro que Biden seria sua “escolha inequívoca” se ele e Trump estivessem na cédula em novembro, insistiu que sua performance no debate “não pode ser ignorada como uma noite ruim ou atribuída a um suposto resfriado, pois confirmou preocupações que vêm se acumulando há meses ou até anos”.
“Deve-se lembrar que o Sr. Biden desafiou o Sr. Trump para este duelo verbal. Ele estabeleceu as regras e insistiu em uma data meses antes de qualquer debate geral anterior. Ele entendeu que precisava abordar preocupações públicas de longa data sobre sua acuidade mental e que precisava fazê-lo o mais rápido possível. A verdade que o Sr. Biden precisa confrontar agora é que ele falhou em seu próprio teste”, escreveu o editorial.
O conselho editorial instou os democratas a “terem a coragem de dizer verdades simples ao líder do partido”, acrescentando que o círculo íntimo de Biden, que o “protegeu de aparições não roteirizadas em público”, deve “reconhecer o dano à posição do Sr. Biden e a improbabilidade de que ele possa repará-lo”.
“O caminho mais claro para os democratas derrotarem um candidato definido por suas mentiras é lidar honestamente com o público americano: reconhecer que o Sr. Biden não pode continuar sua corrida e criar um processo para selecionar alguém mais capaz de ocupar seu lugar para derrotar o Sr. Trump em novembro”, continuou o editorial. “É a melhor chance de proteger a alma da nação — a causa que levou o Sr. Biden a concorrer à presidência em 2019 — da distorção maligna de Mr. Trump. E é o melhor serviço que o Sr. Biden pode prestar a um país que ele serviu nobremente por tanto tempo.”
O conselho editorial do Times se junta a um coro crescente da mídia liberal que pede a Biden que se afaste após seu primeiro debate contra o ex-presidente Trump neste ciclo eleitoral.
O co-presidente da campanha de Biden, Cedric Richmond, respondeu ao editorial: “Da última vez que Joe Biden perdeu o endosso do conselho editorial do New York Times, as coisas acabaram bem para ele.” O Times endossou as senadoras Elizabeth Warren, de Massachusetts, e Amy Klobuchar, de Minnesota, nas primárias democratas de 2020, mas apoiou Biden na eleição geral.