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O presidente Donald Trump designou nesta quarta-feira, 31, o Brasil como aliado preferencial dos Estados Unidos fora da OTAN, o que facilita, entre outras vantagens, o acesso a armamento americano.
“Designo a República Federativa do Brasil como aliado preferencial dos Estados Unidos fora da OTAN”, informou o presidente em nota oficial.
Trump notificou o Congresso sobre a intenção em carta em maio, seguindo o procedimento legal, que determina que o Legislativo seja informado sobre a designação de um aliado militar estratégico fora da Otan pelo menos 30 dias antes do status entrar em vigor.
No documento, Trump afirmou que faria a designação “em sinal de reconhecimento pelos compromissos recentes do governo do Brasil de aumentar a cooperação no setor de defesa com os EUA, e consciente do nosso próprio interesse nacional em aprofundar nossa cooperação em defesa com o Brasil”.
Trump já havia manifestado a intenção de conceder ao Brasil este status durante a visita do presidente Jair Bolsonaro à Casa Branca, em março passado.
O status dá ao Brasil o direito de tornar-se comprador preferencial de equipamentos e tecnologias militares dos Estados Unidos, além de participar de leilões organizados pelo Pentágono. A medida também abre caminho para a realização de manobras conjuntas entre as Forças Armadas dos dois países.
Quando recebeu Bolsonaro em março, Trump inclusive chegou a cogitar negociar a entrada do Brasil na Otan, mas a hipótese foi negada posteriormente pela aliança militar.
Trump também declarou apoio à campanha do Brasil para aderir à Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE), um processo que pode levar anos, mas que Bolsonaro que acelerar com o respaldo formal americano.
O status de aliado preferencial fora da Otan é aplicado a outros 17 países, entre eles a Argentina, desde 1998.
A OTAN tem 29 membros, mas nenhum na América Latina ou situado no Atlântico Sul. Desde o ano passado, a Colômbia goza do status de único sócio global da OTAN na América Latina.
Por Agência Estado