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Brexit sem acordo pode piorar escassez de remédios na Europa

(Reuters) – Com a aproximação do prazo de 31 de outubro para o Reino Unido se separar da União Europeia, profissionais de saúde alertam que a escassez de alguns remédios pode se agravar na Europa no caso de uma desfiliação sem acordo.

Na semana passada, o lobby de alimentos e bebidas britânico avisou que o país sofrerá com a falta de alguns alimentos frescos se houver um Brexit caótico sem acordo. Empresas farmacêuticas expressaram temores semelhantes a respeito de medicamentos, e algumas providenciaram transporte aéreo para seus suprimentos se for necessário.

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Mas o impacto sobre os suprimentos médicos também será sentido fora do Reino Unido. Cerca de 45 milhões de pacotes de remédios são enviados do território britânico para o resto do bloco a cada mês, um comércio de valor aproximado de 14,5 bilhões de dólares em 2016, de acordo com um relatório do Parlamento britânico.

Especialistas dizem que alguns transtornos serão inevitáveis se o Reino Unido deixar a UE sem um pacto. O primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, tem dito que tirará a nação do bloco em 31 de outubro sem um acordo se a UE se recusar a negociar um novo pacote de separação.

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Alguns remédios podem não ter a aprovação regulatória necessária para continuar sendo enviados do Reino Unido até essa ocasião. Cerca de um bilhão de pacotes vão em uma direção ou na outra a cada ano, mostram dados da indústria.

Controles alfandegários adicionais em portos e outras fronteiras entre o Reino Unido e a UE também podem atrapalhar os suprimentos de remédios e dos compostos químicos necessários para produzi-los, disseram agências reguladoras e representantes da indústria.

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“Apesar da preparação intensiva da indústria para todas as situações, um Brexit sem acordo cria o risco de transtornos no suprimento de remédios” em toda a UE, disse à Reuters Andy Powrie-Smith, autoridade da Federação Europeia de Indústrias e Associações Farmacêuticas.

A Agência Europeia de Remédios (EMA, na sigla em inglês), a entidade reguladora de medicamentos da UE, disse que o bloco está bem preparado para o Brexit e já finalizou as autorizações de quase todos os 400 remédios sob sua supervisão que exigem liberações adicionais por causa da saída iminente do Reino Unido.

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Mas ainda faltam autorizações para três medicamentos que precisam de licenças com abrangência em toda a UE, disse uma autoridade da EMA sem identificá-los.

Outros remédios essenciais também poderiam ser bloqueados por causa de obstáculos regulatórios em resultado do Brexit, apontam dados da EMA.

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A agência é o único organismo que pode autorizar vendas de novos remédios para tratamento das doenças mais comuns e mais graves, como câncer, diabetes e gripe, nos 28 países da UE.

 

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