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O ex-presidente da Bolívia Evo Morales disse em entrevista ao jornal mexicano El Universal que não se arrepende de ter tentado concorrer ao quarto mandato. Seu objetivo, afirma, era governar por 20 anos, até 2025, no bicentenário da fundação da Bolívia.
”Depois de 13 anos, quase 14 anos, ganhamos no primeiro turno, e a direita nos rouba o triunfo. Na primeira candidatura à Presidência, em 2002 (quando Gonzalo Sánchez de Lozada foi declarado vencedor), eu não perdi, me roubaram. Nesta última também não perdi, me roubaram, ganhamos no primeiro turno. Em 2002, me expulsaram do Congresso; agora com este conflito, me expulsaram da Bolívia. Quando me expulsaram do Congresso, tinha apenas quatro deputados; voltei com 27. Agora que me expulsaram da Bolívia por razões políticas, voltaremos com milhões e milhões: estou convencido porque o povo está mobilizado contra o golpe de Estado. Não me arrependo, não, porque ganhamos as eleições no primeiro turno: não como antes, com mais de 50%, 60%, mas também quero dizer que agora alguns que votaram na direita ou em outros estão arrependidos. Como permaneci por tanto tempo me acusam de ditadura… mas agora o povo está vendo uma ditadura. No domingo que renunciei para que não agredissem meus irmãos, minhas irmãs… Queimaram um dia antes a casa de minha irmã. No que dia em que estava renunciando saquearam minha casa: esse é o racismo, eles semearam racismo. É mal visto ser indígena.”