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UE discute sanções contra Belarus após eleição e repressão a protestos

RFI – Os representantes dos 27 países da União Europeia pediram adoção de sanções contra Belarus depois das eleições presidenciais de 9 de agosto, que foram contestadas, e da violenta repressão aos protestos no país. Os líderes europeus se reuniram para discutir o assunto nesta sexta-feira (14), em uma videoconferência, mas as decisões só serão tomadas de maneira efetiva nos próximos dias.

A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, defendeu a aplicação de novas medidas. Em uma mensagem publicada no Twitter, ela declarou que “são necessárias medidas suplementares contra aqueles que desrespeitaram valores democráticos ou cometeram abusos contra os direitos humanos em Belarus.”

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Von Der Leyen disse estar convencida de que a discussão hoje entre os ministros das Relações Exteriores da UE é um “forte apoio a favor dos direitos humanos do povo de Belarus, das liberdades fundamenais e da democracia.”

A Polônia, a República Tcheca, a Estônia, a Letônia, a Lituânia e a Dinarmaca pediram, em uma carta, a adoção de medidas restritivas contra os dirigentes responsáveis pela organização das eleições presidenciais em Belarus e da repressão aos protestos.

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“Devemos encontrar um equilíbrio prudente entre a pressão contra o governo e o compromisso com o presidente de Belarus, Alexandre Loukachenko. A UE deve assumir, assim que possível, um papel de mediadora”, diz a carta, que pôde ser consultada pela agência Reuters antes da reunião.

Hungria desaprova mais restrições

A Alemanha, a Áustria e a Suécia já se pronunciaram a favor de sanções econômicas, que congelariam ativos financeiros e decretariam restrições de viagens para membros do governo.  A Hungria seria o país mais reticente em relação à adoção de novas restrições e teria pedido à União Europeia que retirasse as medidas já existentes. 

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As primeiras sanções da União Europeia contra Belarus foram adotadas em 2004. Elas foram reforçadas em 2011. A União Europeia justificou a decisão alegando que o país violava os direitos humanos e as regras democráticas, incluindo fraudes eleitorais.

Algumas medidas foram retiradas em 2016, depois da libertação dos prisioneiros políticos pelo regime de Loukachenko. Outras continuam em vigor, como um embargo sobre armas e restrições que visam quatro pessoas ligadas ao desaparecimento de dois responsáveis da oposição, de um empresário e de um jornalista.

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Presidente nega fraude

O presidente Alexandre Loukachenko, que nega qualquer fraude eleitoral, pediu, na sexta-feira a liberação dos manifestantes detidos nos últimos dias. Na quinta-feira, o governo pediu desculpas públicas. Paralelamente, a opositora Svletana Tikhanoskaïa, refugiada na Lituânia, pediu nesta sexta-feira que novos protestos pacíficos sejam organizados neste fim de semana em todo o país, para pedir uma nova apuração dos votos.

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O objetivo é pressionar o governo de Loukachenko. A candidata, que conseguiu unificar a oposição antes das eleições de domingo, obteve menos de 10% dos votos, enquanto o presidente, no poder desde 1994, foi proclamado vencedor com uma aprovação de mais de 80% .

 
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