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Na última semana, o comitê de imunização do Canadá, o Naci, decidiu recomendar que a população vacinada com a primeira dose da AstraZeneca/Oxford contra a Covid-19 receba o reforço, de preferência, com fórmulas de RNA mensageiro, como na vacina da Pfizer/BioNTech e da Moderna.
“Novas evidências estão começando a surgir, sugerindo que as respostas imunológicas são melhores quando uma primeira dose da vacina AstraZeneca é seguida por uma vacina de mRNA como segunda dose”, afirma em nota, Shelley Deeks, diretor do órgão.
O comitê também pretende diminuir a ocorrência de coágulos sanguíneos, uma reação rara à vacina britânica. A recomendação canadense também foi influenciada pelo fato de o país possuir mais doses da Pfizer e da Moderna do que da AstraZeneca.
O grupo reforça que pessoas imunizadas com as duas doses da vacina de Oxford estão protegidas contra quadros graves e hospitalização em consequência da Covid-19.
O Naci também sugere que, se for possível escolher, a população deve optar pelas vacinas de RNA mensageiro também na primeira dose. A estratégia de misturar as doses de duas fabricantes diferentes ainda está sendo estudada. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) afirma que até o momento não foram apresentadas pesquisas sobre a possibilidade de mudar o esquema vacinal no Brasil.
O Ministério da Saúde continua não recomendando a intercambialidade de vacinas e pede que as duas doses aplicadas sejam do mesmo fabricante, dentro do intervalo indicado.