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O presidente do Afeganistão deixou o país neste domingo(15), juntando-se a seus concidadãos e estrangeiros em uma correria que fugia da retomada do Talibã e sinalizava o fim de um experimento ocidental de 20 anos com o objetivo de reconstruir o Afeganistão.
O Talibã, que por horas estava nos arredores de Cabul, anunciou logo depois que se mudaria para uma cidade tomada pelo pânico ao longo do dia, enquanto helicópteros sobrevoavam para evacuar o pessoal da Embaixada dos EUA. A fumaça subiu perto do complexo enquanto a equipe destruía documentos importantes. Várias outras missões ocidentais também se prepararam para retirar seu povo.
Civis temendo que o Taleban pudesse reimpor o tipo de regra brutal que praticamente eliminou os direitos das mulheres correram para deixar o país também, fazendo fila em caixas eletrônicos para sacar suas economias. Os desesperadamente pobres – que haviam deixado suas casas no campo pela esperada segurança na capital – permaneceram aos milhares em parques e espaços abertos por toda a cidade.
O presidente Ashraf Ghani saiu do país, disseram duas autoridades à Associated Press, falando sob condição de anonimato porque não estavam autorizados a informar jornalistas. Abdullah Abdullah, chefe do Conselho de Reconciliação Nacional do Afeganistão, confirmou posteriormente em um vídeo online que Ghani havia partido.
“O ex-presidente do Afeganistão deixou o Afeganistão, deixando o país nesta situação difícil”, disse Abdullah. “Deus deve responsabilizá-lo.”
Em uma derrota impressionante, o Taleban conquistou quase todo o Afeganistão em pouco mais de uma semana, apesar dos bilhões de dólares gastos pelos EUA e pela OTAN ao longo de quase duas décadas para aumentar as forças de segurança afegãs. Poucos dias antes, uma avaliação militar americana estimou que levaria um mês antes que a capital sofresse pressão dos insurgentes
