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Uma jornalista afegã está mudando de localização todos os dias para se esconder do Talibã, que ela teme que a mate e qualquer um que a esteja escondendo, ela disse à Fox News em uma entrevista.
“Não sei o que vai acontecer comigo, porque se eles me encontrarem, vão me matar”, disse o jornalista à Fox News.
Ela disse que primeiro foi impedida de entrar em sua redação, depois saiu de casa com medo de que o Talibã começasse a matar jornalistas. Outra jornalista contou à Fox News uma história quase idêntica na semana passada.
A jovem de 24 anos disse que “era uma das mulheres que sempre falava contra o Talibã na mídia por causa do que eles fizeram às mulheres, o que fizeram às pessoas inocentes no Afeganistão, o que fizeram às crianças no Afeganistão. “
“Eles os queimaram”, ela continuou. “Eles os mataram.”
A jornalista muda de endereço diariamente para evitar que o Talibã a encontre.
“Eles estão procurando as pessoas que sempre falaram contra eles”, disse ela à Fox News. “Todos os dias, mudo meu endereço para ter certeza de que eles não podem me rastrear.”
A jornalista disse à Fox News que ela havia ficado na casa de amigos, mas temia que eles pudessem entregá-la ao Talibã para se protegerem – ou que eles ou sua família pudessem ser mortos por escondê-la.
“Meus amigos estão com medo porque pensam que podem ser alvos por minha causa”, disse ela. “Eu não sei quem é realmente meu inimigo agora.”
O Talibã matou recentemente um parente de um jornalista da Deutsche Welle enquanto ia de porta em porta à procura do repórter da publicação alemã.
“Temo que e se eles fizerem a mesma coisa por mim?” disse o jornalista Fox News entrevistado. “E se eles matarem um membro da minha família? E se eles matarem meus amigos por me encontrarem?”
“Não sei por quanto tempo posso fazer isso”, continuou o jornalista. “Não posso colocar mais pessoas em perigo por minha causa.”
“Podemos estar seguros apenas mais alguns dias”, disse ela.
Depois que o Talibã tomou Cabul pela primeira vez, eles impediram a jornalista de entrar em seu escritório, exigindo que ela cobrisse o rosto. Mas mesmo depois que ela concordou, o Talibã ainda a proibiu de entrar.
“Eles me disseram ‘você não tem permissão para ir à TV’”, disse o jornalista à Fox News. “‘Teremos nosso próprio apresentador, nosso próprio jornalista. E não precisamos mais de você.’”
“‘Não precisamos de mulheres aqui’”, continuou ela, citando um lutador do Talibã. “‘Vá para sua casa. Não volte.’”
Logo depois, ela fugiu de sua casa com seu irmão de 17 anos.
Outra jornalista afegã disse na semana passada à Fox News que também foi impedida de entrar em sua redação por ser mulher. Ela também fugiu para casa depois.
“Eu não queria … sair do Afeganistão, mas minha mãe me obrigou a ir embora”, disse a jornalista da semana passada à Fox News, sua voz às vezes falhando, às vezes coberta por tiros. Sua mãe disse a ela: “Tenho certeza de que o Talibã vai matar você porque você é jornalista e mulher.”
O Taleban prometeu que assumirá uma postura mais moderada em comparação com quando controlava o Afeganistão no final dos anos 90 e permitirá que as mulheres trabalhem dentro da estrutura da lei islâmica .
Mas o jornalista afegão entrevistado esta semana contestou essa afirmação.
“Minha mensagem para o mundo, para a América e para as pessoas em todo o mundo é que os Talibãs não mudaram”, disse ela à Fox News. “Eles estão mirando nas pessoas, eles estão matando pessoas”.
“A única coisa que o Taleban fez nos últimos 20 anos foi matar pessoas”, ela continuou. “As pessoas nunca perdoarão o Taleban pelo que fizeram ao povo afegão nos últimos 20 anos e pelo que estão fazendo … agora.”
A jornalista disse à Fox News que ela estava no último ano de faculdade de direito e sonhava em ser juíza ou advogada internacional.
“Mas acho que acabou”, disse ela. “E eu nunca serei aquela pessoa que sempre tive em meus sonhos.”
O jornalista acrescentou: “Não temos futuro. Não temos liberdade.
“E os direitos básicos como um humano que tenho de falar, de sair de minha casa, de escolher tudo que eu quero, acabou. Não há esperança para mim, para minha geração, para meu povo, para mulheres, especialmente para os jornalistas, que estão com muito medo. “
“Ninguém vai voltar para o Afeganistão. Parece o fim da história e o fim do Afeganistão para mim”, concluiu ela.
