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O Índice de Preços de Alimentos, calculado pela Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO), alcançou o nível mais alto em 10 anos, atingindo a média de 133,2 pontos em outubro.
A alta foi impulsionada pelo aumento nos preços de cereais e óleos vegetais.
Na comparação com outubro do ano passado, o índice subiu 31,3%. É o 3ª aumento mensal consecutivo. Em setembro, o índice fechou em 129,2 pontos. Na época, a alta também foi atribuída aos preços elevados na categoria de cereais e óleos vegetais.
Os cereais subiram, em outubro, 3,2% em relação a setembro. Essa alta está relacionada ao aumento de 5% nos preços do trigo. O item atingiu o maior valor desde 2012 devido às colheitas reduzidas nos principais exportadores, como o Canadá, Rússia e Estados Unidos.
Segundo a FAO, há uma tendência de contração nos estoques globais de cereais para 2021 e 2022.
No relatório de oferta e demanda de cereais divulgado nesta 5ª feira (04), a previsão é de que a produção mundial para 2021 seja de 2,793 bilhões de toneladas.
“Uma queda de 6,7 milhões de toneladas desde o relatório anterior em outubro, em grande parte devido aos cortes nas estimativas de produção de trigo na República Islâmica do Irã, Turquia e Estados Unidos da América”, afirma a FAO.