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O presidente da França, Emmanuel Macron, disse nesta terça-feira (08) que o ditador da Rússia, Vladimir Putin, garantiu que “não haverá degradação ou escalada” na crise ucraniana.
As tensões geopolíticas começaram após a Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) aumentar as atividades no território ucraniano. Como resposta, o presidente da Rússia enviou cerca de 100 mil soldados para a fronteira. Desde então, os países ocidentais tentam dissuadir Putin de uma possível invasão à Ucrânia.
Macron, presidente temporário do Conselho da União Europeia (UE), tomou o protagonismo na mediação do conflito e tem se mobilizado para evitar que uma guerra ecloda.
Na segunda-feira, 7, ele se encontrou com Putin em Moscou. Nesta terça-feira, tem um encontro marcado com o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky em Kiev.
Antes de desembarcar na capital da Ucrânia, Macron afirmou a jornalistas que alcançou seu objetivo de “prevenir uma escalada” e “abrir novas perspectivas”. “Eu me assegurei de que não haverá deterioração ou escalada”, declarou Macron. Autoridades francesas indicaram que a reunião permitiu que fossem dadas “declarações úteis” sobre o compromisso de não empreender novas ações militares, “o que permite contemplar a desescalada” na fronteira. O Kremlin, no entanto, não confirmou o suposto acordo entre os líderes. “Isso é errado em sua essência. Moscou e Paris não podiam fazer nenhum acordo. É simplesmente impossível”, iniciou o porta-voz de Putin, Dmitry Peskov, em uma ligação com jornalistas.
“A França é um país líder na UE, a França é membro da Otan, mas Paris não é o líder lá. Neste bloco, um país muito diferente está no comando. Então, sobre quais negócios podemos falar?”, acrescentou Peskov em uma referência aos Estados Unidos. Entre as conclusões da reunião, ainda segundo autoridades, teria sido feito compromisso de que, quando terminarem os exercícios realizados em Bielorrússia, as tropas russas deixariam a antiga república soviética. Peslov confirmou que as tropas serão retiradas após os exercícios e ressaltou que “esse sempre foi o plano”.
*Com informações da AFP, EFE e The Guardian