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Nesta segunda-feira (07), a Rússia disse que militares interromperam fogo e abriram corredores humanitários em várias cidades ucranianas, mas os canais de retiradas de civis levam apenas para território russo e para seu aliado, Bielorrússia.
O movimento foi imediatamente denunciado por Kiev como “um golpe imoral”.
O anúncio veio após dois dias de cessar-fogo fracassado para permitir que civis fugissem da cidade sitiada de Mariupol, onde centenas de milhares de pessoas estão presas sem comida e água, sob bombardeio implacável e incapazes de retirar seus feridos.
Os corredores foram abertos às 10h, horário de Moscou (04 da manhã em Brasília) na capital Kiev, Kharkiv e Sumi, e estão sendo instalados a pedido pessoal do presidente francês Emmanuel Macron, disse o Kremlin.
De acordo com mapas publicados pela agência de notícias russa RIA, o corredor de Kiev levaria à Belarus, enquanto os civis de Kharkiv teriam permissão para ir apenas para a Rússia.
O governo russo montaria uma ponte aérea para levar os ucranianos de Kiev para a Rússia, disse o país. “As tentativas do lado ucraniano de enganar a Rússia e todo o mundo civilizado… são inúteis desta vez”, afirmou.
A Rússia nega mirar deliberadamente civis, e chama a campanha lançada em 24 de fevereiro de “operação militar especial” para desarmar a Ucrânia e remover líderes que chama de neonazistas.