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Congresso do Peru rejeita impeachment de presidente socialista Pedro Castillo

Na noite de segunda-feira (28), o presidente socialista do Peru, Pedro Castillo, evitou o pedido de impeachment por parte do Congresso do país, dominado pela oposição de direita.

Após um debate que durou mais de oito horas no Congresso, em que o presidente apresentou sua defesa no início e depois 95 parlamentares discursaram, apenas 55 parlamentares votaram a favor da destituição, 54 contra e 19 optaram pela abstenção. Eram necessários 87 votos para a aprovação do pedido.

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“Não foi aprovada a resolução para declarar a retirada do presidente da República”, disse a presidente do Congresso, a opositora María del Carmen Alva, após a votação, que aconteceu às 23h locais (1h de Brasília desta terça-feira).

O resultado da votação não surpreendeu, porque a imprensa peruana já havia antecipado que os opositores não tinham os votos necessários para afastar o chefe de Estado.

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“Saúdo que a sensatez, a responsabilidade e a democracia tenham prevalecido. Reconheço os parlamentares que votaram contra o impeachment e respeito a decisão daqueles que votaram a favor”, afirmou Castillo no Twitter.

“Peço a todos para virar a página e trabalhar juntos pelos grandes desafios do país”, acrescentou.

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“Não assumimos isso como uma derrota”, disse o parlamentar Alejandro Muñante, do partido de direita Renovação Popular, que promoveu a moção para destituir Castillo.

A oposição acusava Castillo de falta de rumo e de permitir corrupção em seu entorno. Também era criticado por suas constantes crises ministeriais, traduzidas em quatro gabinetes desde o início do mandato, algo inédito no Peru.

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Castillo compareceu ao Congresso para apresentar suas alegações — embora não fosse obrigado pela lei — ao lado do advogado José Félix Palomino.

Esta foi a segunda moção de retirada contra Castillo, que assumiu a Presidência em julho de 2021 após vencer um segundo turno acirrado contra a candidata de direita Keiko Fujimori. Em dezembro, o Congresso rejeitou uma medida similar.

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Em caso de destituição, Castillo teria enfrentado um destino parecido com o de dois antecessores, o centrista Martín Vizcarra, afastado pelo Congresso em novembro de 2020, e o direitista Pedro Pablo Kuczynski, que renunciou em março de 2018 quando ficou evidente que não conseguiria evitar o segundo julgamento político.

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