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Na segunda-feira (18), o governo socialista da Argentina anunciou uma série de medidas econômicas levando em conta retomar o poder de compra da população e combater os efeitos do choque causado pela guerra na Ucrânia.
Entre os elementos, está o aumento nos valores de uma série de auxílios pagos pelo governo, incluindo apoios para aposentados e trabalhadores sem renda formal.
Para tentar compensar os custos com as medidas, o governo socialista anunciou um imposto sobre “ganhos inesperados”.
“Temos de pedir àqueles que tiveram um ganho inesperado que contribuam”, afirmou o presidente Alberto Fernández em evento na Casa Rosada no qual discursou sobre as ações.
Em sua visão, é necessário que as “grandes empresas contribuam para gerar mais desenvolvimento e igualdade”.
O ministro da Economia argentina, Martín Guzmán, afirmou, no evento, que será estabelecida uma alíquota sobre tais componentes inesperados de receita em empresas que tenham lucros líquidos tributáveis superiores a 1 bilhão de pesos no ano.
A nova contribuição deve bancar medidas de auxílio para a população de baixa renda em meio à disparada da inflação, que chega a 55,1% em 12 meses.
“Se essa renda inesperada for canalizada para o investimento produtivo, o valor da contribuição será menor, porque buscamos ter uma Argentina com mais capacidade de gerar trabalho”, afirmou Guzmán.
De acordo com ele, o objetivo central do governo é “garantir o crescimento do poder de compra dos trabalhadores em todo o espectro laboral e produtivo”.
“As metas dos planos fiscal, monetário e de acumulação de reservas foram cumpridas. Ou seja, a política econômica executada está alinhada com o planejado”, disse o ministro. “O que estamos procurando é construir um mecanismo para garantir que o choque da guerra não tenha um impacto desigual e regressivo em nossa sociedade”, apontou Guzmán.
Segundo o ministro, as medidas promovem a real recuperação do poder aquisitivo no país.