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O presidente Joe Biden disse nesta segunda-feira (30) que os Estados Unidos não darão à Ucrânia mísseis de longo alcance que possam atingir a Rússia depois que Moscou alertou que tal movimento cruzaria uma linha vermelha.
Kiev solicitou repetidamente os sistemas de lançamento múltiplo de foguetes dos EUA (MLRS) que podem disparar mísseis a centenas de quilômetros enquanto lutam pelo controle de sua região leste de Donbass.
Na semana passada, surgiram relatos de que as armas poderiam fazer parte do próximo pacote de ajuda, que deve ser anunciado esta semana.
Mas Biden frustrou as esperanças ucranianas ao retornar à Casa Branca depois de um fim de semana fora.
“Não vamos enviar para a Ucrânia sistemas de foguetes que atinjam a Rússia”, disse ele a repórteres.
A Ucrânia já implantou dezenas de obuses autopropulsados M109, fabricados nos EUA, que fornecem poder de fogo de artilharia de longo alcance, à medida que o conflito se transforma em uma batalha tática à distância.
O anúncio de Biden na segunda-feira foi bem recebido pelo ex-presidente russo Dmitry Medvedev, que disse que era “razoável” evitar o fornecimento de tais sistemas para Kiev. Mais cedo, o embaixador russo nos EUA, Anatoly Antonov, expressou esperança de que “o bom senso prevaleça e Washington não dê um passo tão provocativo”, o que só levaria a uma maior “escalada” do conflito.
Moscou advertiu repetidamente o Ocidente contra o “bombeamento” da Ucrânia com armamentos variados, afirmando que isso apenas prolongaria as hostilidades sem alterar o resultado, causando mais danos à Ucrânia e sua população. Também declarou que os estoques de armas do Ocidente no país são “alvos legítimos”.