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Rússia e Ucrânia trocaram acusações nesta sexta-feira (29) sobre bombardeios em uma prisão no leste da Ucrânia, controlada por separatistas, que matou dezenas de prisioneiros de guerra ucranianos.
O Ministério da Defesa da Rússia disse que as forças ucranianas “dispararam contra a prisão onde os membros do batalhão Azov estão detidos, usando projéteis americanos do sistema HIMARS”.
Ele informou que pelo menos 40 prisioneiros de guerra ucranianos foram mortos e outros 84 ficaram feridos no ataque à prisão de Olenivka, enquanto as autoridades separatistas pró-Rússia na região de Donetsk estimaram o número de mortos em 53.
Prisioneiros do Regimento Azov defenderam Mariupol por três meses, ao lado de outras unidades ucranianas. Eles resistiram na extensa siderúrgica do sul da cidade por quase três meses, agarrando-se ao labirinto subterrâneo de túneis.
Eles se renderam em maio sob implacáveis ataques russos por terra, mar e ar.
Dezenas de soldados ucranianos foram então levados para prisões em áreas controladas pela Rússia, como a região de Donetsk, uma área separatista no leste da Ucrânia que é administrada por autoridades separatistas apoiadas pela Rússia.
Falando sobre o atentado à prisão, o Ministério da Defesa russo disse: “Esta provocação ultrajante visa assustar os soldados ucranianos e dissuadi-los de se render”.
A Ucrânia negou ter como alvo infraestrutura civil ou prisioneiros de guerra, enfatizando que seu exército “adere totalmente aos princípios e padrões do Direito Internacional Humanitário”.
O Estado-Maior ucraniano acusou o exército russo de estar por trás desse “bombardeio de artilharia direcionado”, a fim de alegar que a Ucrânia “cometeu crimes de guerra e encobriu a tortura de prisioneiros e as execuções que ali perpetram”.
A televisão estatal russa transmitiu imagens do que eles alegaram serem os quartéis carbonizados e os emaranhados de camas de metal destruídas. Imagens do que parecem ser corpos humanos foram mostradas.
A Euronews não pode verificar estas declarações de forma independente.
Moscou aproveitou as conexões de extrema-direita do Regimento Azov como prova de suas alegações de que a Ucrânia era governada pelos nazistas e precisava ser “desnazificada” – um dos principais pretextos para a invasão de 24 de fevereiro.
As autoridades russas e do DNR disseram que cerca de 2.000 soldados ucranianos capturados em Mariupol teriam que “enfrentar um tribunal”, com muitos temendo que isso servisse como desculpa para executar alguns deles.
Com informações da AFP