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Um número desconhecido de pessoas foi morto e vários outros ficaram feridos depois que as forças de paz das Nações Unidas abriram fogo em um posto de fronteira no leste da República Democrática do Congo (RDC), informou a ONU.
O vídeo do incidente, compartilhado nas redes sociais, mostrou homens – pelo menos um com uniforme da polícia e outro com uniforme do exército – avançando em direção ao comboio imobilizado da ONU atrás de uma barreira fechada em Kasindi. A cidade fica no território de Beni, no leste da RDC, na fronteira com Uganda.
Depois de uma troca verbal, os mantenedores da paz apareceram para abrir fogo antes de abrir o portão, dirigindo e continuando a atirar enquanto as pessoas se espalhavam ou se escondiam.
“Durante este incidente, soldados da brigada de intervenção da força MONUSCO que voltavam de licença abriram fogo no posto de fronteira por razões inexplicáveis e forçaram a passagem”, disse a missão da ONU em Kasindi em comunicado no domingo.
“Este grave incidente causou perda de vidas e ferimentos graves.”
O representante especial do secretário-geral da ONU na República Democrática do Congo, Bintou Keita, disse que uma investigação começou e os suspeitos foram presos.
“Perante este comportamento indescritível e irresponsável, os autores do tiroteio foram identificados e detidos enquanto se aguardam as conclusões da investigação, que já começou em colaboração com as autoridades congolesas”, disse.
Acrescentou que foram feitos contactos com o país de origem dos militares para que os processos judiciais possam ser iniciados com urgência. Ela não citou o país.
Enquanto isso, o chefe da ONU, Antonio Guterres, disse estar “indignado” com o incidente e exigiu “responsabilidade”. Guterres ficou “triste e consternado” ao saber do tiroteio por membros da unidade de manutenção da paz, disse um comunicado da ONU.
Barthelemy Kambale Siva, representante do governador de Kivu do Norte em Kasindi, disse anteriormente que “oito pessoas, incluindo dois policiais que trabalhavam na barreira, ficaram gravemente feridas” no incidente.
Siva, falando à agência de notícias AFP, não disse por que o comboio da ONU foi impedido de atravessar a barreira.
Existem mais de 120 grupos armados operando no problemático leste da RDC. A ONU enviou pela primeira vez uma missão de observação para a região em 1999.
FONTE : AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS